BR Brokers espera ficar perto de equilíbrio no 2º semestre
Segundo o presidente do grupo, os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro fizeram agosto ser um "mês muito difícil", mas dentro do esperado
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2016 às 16h26.
São Paulo - A Brasil Brokers , grupo de intermediação e consultoria imobiliária , deve ficar mais perto de equilibrar seus resultados no segundo semestre, apesar de um mês de agosto impactado pelos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, um de seus principais mercados no país.
"Pretendemos que a companhia volte ao patamar de 'break even' nos próximos meses. Não conseguimos isso no primeiro semestre, mas continuamos cortando (custos) e esperamos uma realidade de venda um pouco mais positiva para confirmar esse cenário", afirmou o presidente do grupo, Silvio Almeida.
No primeiro semestre de 2016, as vendas caíram 49 por cento na comparação com os primeiros seis meses de 2015, para 2,224 bilhões de reais, enquanto os custos e despesas operacionais totais recuaram 21 por cento, para 77 milhões de reais.
A empresa fechou o período com prejuízo de 25,4 milhões.
Em entrevista à Reuters, Almeida disse que os anos de 2014 e 2015 foram mais difíceis do que a companhia esperava, com o setor afetado pela realidade econômica e política do país, mas que 2016 já está mais em linha com as previsões da empresa.
"O primeiro semestre foi bastante difícil", afirmou, destacando particularmente o quadro político, que adicionava muita incerteza para o cenário.
"Com as mudanças recentes que tivemos (impeachment de Dilma Rousseff), o cenário ficou um pouco mais claro", disse.
"Apesar de não termos motivo ainda para estarmos muito confiantes, com expectativa de uma melhora imediata... pelo menos as coisas deixaram de piorar", disse o executivo, referindo-se principalmente aos mercados do Rio de Janeiro e São Paulo, os mais relevantes da Brasil Brokers.
Ele citou que a melhora em indicadores de confiança, mesmo que tímida, traz algum alento uma vez que é um dos vetores mais importantes para o mercado imobiliário, mas que existem outras variáveis também relevantes que não devem se resolver de imediato, como taxa de juros, renda, crescimento econômico e desemprego.
"Olhando para a frente, a tendência é de melhora, mas não na velocidade e na relevância necessárias para já sentirmos uma melhora propriamente dita de mercado", afirmou Almeida.
Segundo ele, os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro fizeram agosto ser um "mês muito difícil", mas dentro do esperado.
"Apesar das pesquisas apontando que os turistas tiveram uma experiência muito positiva, ninguém toma decisão de comprar um imóvel durante uma Olimpíada, então, em termos práticos o que vimos até agora é que o mês de agosto foi afetado negativamente."
A companhia promove no final de semana de 17 e 18 de setembro na região metropolitana de SP evento de venda de imóveis em parceria com 15 incorporadoras, que oferecerá uma série de facilidades para convencer consumidores a fechar negócio.
O evento Imóvel Mais replica o formato de outros dois semelhantes realizados no Rio de Janeiro e Niterói (RJ) em julho.
Segundo Almeida, os dois eventos de julho, que terão resultados incorporados ao balanço da Brasil Brokers de terceiro trimestre, tiveram um resultado acima da expectativa inicial da companhia.
De acordo com o presidente da Brasil Brokers SP, José Roberto Federighi, a decisão de realizar o Imóvel Mais em Santo André, na região do ABC, ocorreu, entre outros fatores, pois há alguns incorporadores com necessidade de desovar estoque na região.
Questionado sobre o anúncio recente de medidas pela Caixa Econômica Federal, como a elevação do teto do valor de imóveis financiáveis pelo banco e do percentual de financiamento para imóveis de valores maiores, Almeida destacou que são bem-vindas, mas que na prática influenciam pouco o mercado.
Ele disse que se trata de uma linha pequena para o patamar de demanda que existe atualmente para esse tipo de financiamento e que as condições relevantes para o cliente tomar a decisão de compra de um imóvel ainda não são as ideais.
"Ele (consumidor) tem que acreditar que o país vai continuar crescendo, que ele vai estar empregado, que a renda vai aumentar, que a taxa de juros não vai subir, tudo isso a gente ainda está um pouco distante de ser verdade", afirmou o presidente da Brasil Brokers.
São Paulo - A Brasil Brokers , grupo de intermediação e consultoria imobiliária , deve ficar mais perto de equilibrar seus resultados no segundo semestre, apesar de um mês de agosto impactado pelos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, um de seus principais mercados no país.
"Pretendemos que a companhia volte ao patamar de 'break even' nos próximos meses. Não conseguimos isso no primeiro semestre, mas continuamos cortando (custos) e esperamos uma realidade de venda um pouco mais positiva para confirmar esse cenário", afirmou o presidente do grupo, Silvio Almeida.
No primeiro semestre de 2016, as vendas caíram 49 por cento na comparação com os primeiros seis meses de 2015, para 2,224 bilhões de reais, enquanto os custos e despesas operacionais totais recuaram 21 por cento, para 77 milhões de reais.
A empresa fechou o período com prejuízo de 25,4 milhões.
Em entrevista à Reuters, Almeida disse que os anos de 2014 e 2015 foram mais difíceis do que a companhia esperava, com o setor afetado pela realidade econômica e política do país, mas que 2016 já está mais em linha com as previsões da empresa.
"O primeiro semestre foi bastante difícil", afirmou, destacando particularmente o quadro político, que adicionava muita incerteza para o cenário.
"Com as mudanças recentes que tivemos (impeachment de Dilma Rousseff), o cenário ficou um pouco mais claro", disse.
"Apesar de não termos motivo ainda para estarmos muito confiantes, com expectativa de uma melhora imediata... pelo menos as coisas deixaram de piorar", disse o executivo, referindo-se principalmente aos mercados do Rio de Janeiro e São Paulo, os mais relevantes da Brasil Brokers.
Ele citou que a melhora em indicadores de confiança, mesmo que tímida, traz algum alento uma vez que é um dos vetores mais importantes para o mercado imobiliário, mas que existem outras variáveis também relevantes que não devem se resolver de imediato, como taxa de juros, renda, crescimento econômico e desemprego.
"Olhando para a frente, a tendência é de melhora, mas não na velocidade e na relevância necessárias para já sentirmos uma melhora propriamente dita de mercado", afirmou Almeida.
Segundo ele, os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro fizeram agosto ser um "mês muito difícil", mas dentro do esperado.
"Apesar das pesquisas apontando que os turistas tiveram uma experiência muito positiva, ninguém toma decisão de comprar um imóvel durante uma Olimpíada, então, em termos práticos o que vimos até agora é que o mês de agosto foi afetado negativamente."
A companhia promove no final de semana de 17 e 18 de setembro na região metropolitana de SP evento de venda de imóveis em parceria com 15 incorporadoras, que oferecerá uma série de facilidades para convencer consumidores a fechar negócio.
O evento Imóvel Mais replica o formato de outros dois semelhantes realizados no Rio de Janeiro e Niterói (RJ) em julho.
Segundo Almeida, os dois eventos de julho, que terão resultados incorporados ao balanço da Brasil Brokers de terceiro trimestre, tiveram um resultado acima da expectativa inicial da companhia.
De acordo com o presidente da Brasil Brokers SP, José Roberto Federighi, a decisão de realizar o Imóvel Mais em Santo André, na região do ABC, ocorreu, entre outros fatores, pois há alguns incorporadores com necessidade de desovar estoque na região.
Questionado sobre o anúncio recente de medidas pela Caixa Econômica Federal, como a elevação do teto do valor de imóveis financiáveis pelo banco e do percentual de financiamento para imóveis de valores maiores, Almeida destacou que são bem-vindas, mas que na prática influenciam pouco o mercado.
Ele disse que se trata de uma linha pequena para o patamar de demanda que existe atualmente para esse tipo de financiamento e que as condições relevantes para o cliente tomar a decisão de compra de um imóvel ainda não são as ideais.
"Ele (consumidor) tem que acreditar que o país vai continuar crescendo, que ele vai estar empregado, que a renda vai aumentar, que a taxa de juros não vai subir, tudo isso a gente ainda está um pouco distante de ser verdade", afirmou o presidente da Brasil Brokers.