Mercado Imobiliário

Aluguel em São Paulo tem a maior alta desde 2013

Variação de preços foi de 12,5%, de acordo com índice FipeZap+

São Paulo: variação reflete retomada após anos de congelamento de preços (Leandro Fonseca/Exame)

São Paulo: variação reflete retomada após anos de congelamento de preços (Leandro Fonseca/Exame)

KS

Karina Souza

Publicado em 22 de outubro de 2022 às 10h09.

O aluguel em São Paulo teve uma variação recorde em quase dez anos, de acordo com o FipeZap+. Os preços subiram 12,5%, comparando os doze meses encerrados em agosto de 2022 com o mesmo período do ano anterior. A alta tão expressiva também gerou um descolamento recorde entre os preços de locação e de venda: a distância entre os aumentos chegou a oito pontos percentuais, sendo que, de 2018 a 2021, foi de 1 a 2 p.p.

“Com a pandemia, houve uma pressão significativa sobre o preço dos aluguéis, algo que começa a se recuperar agora. Além disso, São Paulo tem uma safra de apartamentos para locação que surgiram a partir do Plano Diretor, o que, combinado ao aumento das taxas de juro, impulsionou a busca, principalmente de jovens, por imóveis para alugar antes de comprar”, diz Ely ­Wertheim, presidente executivo do ­Secovi-SP.

Ainda segundo os dados do FipeZap+ a variação de preços de aluguel de 2018 foi de alta de 3,9% em relação ao ano anterior, patamar que foi de 6,3% em 2019. Em 2020 e 2021, as variações foram de 3,7% e -3,6%, respectivamente.

Quais são os imóveis mais procurados?

Em uma análise por tamanho de imóvel, há quase um empate entre os de 45 metros quadrados a 60 m2 e entre os que são um pouco maiores, têm de 60 m2 a 90 m2. Eles foram responsáveis por 30% da procura dos últimos 12 meses e 29%, respectivamente. São patamares em linha com os observados no pré-pandemia, com o destaque para o aumento de 2 pontos percentuais para os apartamentos maiores (de até 90 m2). O terceiro lugar fica com os imóveis de até 45 metros quadrados, com 27% da procura, uma queda de 3 p.p. em relação a 2019.

Os que têm dois dormitórios são os mais procurados, responsáveis por 49% da procura dos locatários, um aumento de 4 p.p. em relação a 2019. Os que têm um dormitório vêm na sequência, com 30% da procura (queda de 8 p.p. ante três anos atrás). Ainda nos mais procurados, os de três dormitórios tiveram aumento de 4 p.p. no período, para 20% do total das buscas. 

Em relação ao número de vagas, os que têm pelo menos uma são os mais procurados, responsáveis por 62% dos leads gerados no último ano — um patamar similar ao de 2019. Os apartamentos sem vagas tiveram queda de 6 p.p. na procura nos últimos três anos, chegando a 18% do total. 

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