Exame Logo

Corinthians sem torcida, gol contra no marketing do clube

Incidente da semana passada na Bolívia deve causar um enorme impacto na imagem do clube

Cássio, goleiro do Corinthians: por causa de uma punição da Conmebol, o Corinthians terá que jogar as suas partidas da Copa Libertadores com os portões fechados (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2013 às 11h26.

Sâo Paulo - Aqui no Adnews já falamos do trabalho de marketing que o Corinthians tem feito nos últimos anos para potencializar e monetizar a marca do clube. Acontece que o incidente da semana passada na Bolívia, onde um torcedor local foi morto depois de ser atingido por um sinalizador da torcida corintiana, deve causar um enorme impacto na imagem do clube e, sobretudo, no desempenho das finanças.

O maior rombo é na arrecadação com bilheteria. Ontem o time foi a campo, na partida contra o Milionários da Colômbia, no Pacaembu, sem os seus torcedores, já que a Conmebol (federação que organiza o campeonato) puniu o clube, que terá agora que jogar as suas partidas do torneio com os portões fechados.

No ano passado, quando se sagrou campeão, o Corinthians teve uma média de 28.850 pagantes nas três partidas que realizou como mandante durante a primeira fase: contra Nacional, do Paraguai, Cruz Azul, do México, e Deportivo Táchira, da Venezuela. Apenas com a venda desses ingressos, o clube arrecadou um total de R$ 5.343.837, o que corresponde a, aproximadamente, R$ 1.781.275 em cada um dos jogos.

Dessa forma, segundo os cálculos de Lúcio Blanco, diretor de arrecadação do time alvinegro, em entrevista para a rádio Jovem Pan, o Corinthians deixará de ganhar aproximadamente R$ 6 milhões apenas na primeira fase da competição.


Os valores assustam, mas poderiam ser ainda piores. Nesta semana circulou um rumor de que a imprensa também não poderia transmitir os jogos do clube na Libertadores. Levando em conta a grande audiência das partidas corintianas na competição, a diretoria conseguiu no ano passado faturar cerca de R$ 7 milhões com patrocínios pontuais, de ocasião, fechados por partida. Sem contar, evidentemente, com o que o clube já recebe das marcas com espaço fixo. Sem o apoio da mídia, esta seria, sem nenhuma dúvida, mais uma forma de arrecadação que iria para o espaço, assim como o infeliz sinalizador que causou a enorme tragédia na Bolívia.

E além do prejuízo financeiro em si, a questão da imagem também sofre um golpe violento. Recém campeão mundial de clubes e com o maior faturamento de sua história, aproximadamente R$ 290,4 milhões, o Corinthians vive o auge de sua gloria, desde a sua fundação em 1910. Cabe relembrar os esforços para fortalecer sua marca, começando pela gestão, que colocou homens fortes de negócios e marketing na linha de frente, como Luis Paulo Rosemberg e Ivan Marques.

O marco mais representativo foi a contratação do jogador Ronaldo, que ajudou a alavancar novamente o clube e internacionalizar a marca. Mas não foi só isso. O Corinthians aprendeu a costurar parcerias rentáveis, passou a cuidar de sua imagem, negociou melhor seus patrocínios, criou inúmeras ações e campanhas publicitárias e também produtos licenciados, além da franquia Todo Poderoso. Agora o marketing do clube precisa ser hábil para driblar a terrível tragédia e tentar manter o patamar de ascensão nos últimos anos. A tarefa não será nada fácil.

Veja também

Sâo Paulo - Aqui no Adnews já falamos do trabalho de marketing que o Corinthians tem feito nos últimos anos para potencializar e monetizar a marca do clube. Acontece que o incidente da semana passada na Bolívia, onde um torcedor local foi morto depois de ser atingido por um sinalizador da torcida corintiana, deve causar um enorme impacto na imagem do clube e, sobretudo, no desempenho das finanças.

O maior rombo é na arrecadação com bilheteria. Ontem o time foi a campo, na partida contra o Milionários da Colômbia, no Pacaembu, sem os seus torcedores, já que a Conmebol (federação que organiza o campeonato) puniu o clube, que terá agora que jogar as suas partidas do torneio com os portões fechados.

No ano passado, quando se sagrou campeão, o Corinthians teve uma média de 28.850 pagantes nas três partidas que realizou como mandante durante a primeira fase: contra Nacional, do Paraguai, Cruz Azul, do México, e Deportivo Táchira, da Venezuela. Apenas com a venda desses ingressos, o clube arrecadou um total de R$ 5.343.837, o que corresponde a, aproximadamente, R$ 1.781.275 em cada um dos jogos.

Dessa forma, segundo os cálculos de Lúcio Blanco, diretor de arrecadação do time alvinegro, em entrevista para a rádio Jovem Pan, o Corinthians deixará de ganhar aproximadamente R$ 6 milhões apenas na primeira fase da competição.


Os valores assustam, mas poderiam ser ainda piores. Nesta semana circulou um rumor de que a imprensa também não poderia transmitir os jogos do clube na Libertadores. Levando em conta a grande audiência das partidas corintianas na competição, a diretoria conseguiu no ano passado faturar cerca de R$ 7 milhões com patrocínios pontuais, de ocasião, fechados por partida. Sem contar, evidentemente, com o que o clube já recebe das marcas com espaço fixo. Sem o apoio da mídia, esta seria, sem nenhuma dúvida, mais uma forma de arrecadação que iria para o espaço, assim como o infeliz sinalizador que causou a enorme tragédia na Bolívia.

E além do prejuízo financeiro em si, a questão da imagem também sofre um golpe violento. Recém campeão mundial de clubes e com o maior faturamento de sua história, aproximadamente R$ 290,4 milhões, o Corinthians vive o auge de sua gloria, desde a sua fundação em 1910. Cabe relembrar os esforços para fortalecer sua marca, começando pela gestão, que colocou homens fortes de negócios e marketing na linha de frente, como Luis Paulo Rosemberg e Ivan Marques.

O marco mais representativo foi a contratação do jogador Ronaldo, que ajudou a alavancar novamente o clube e internacionalizar a marca. Mas não foi só isso. O Corinthians aprendeu a costurar parcerias rentáveis, passou a cuidar de sua imagem, negociou melhor seus patrocínios, criou inúmeras ações e campanhas publicitárias e também produtos licenciados, além da franquia Todo Poderoso. Agora o marketing do clube precisa ser hábil para driblar a terrível tragédia e tentar manter o patamar de ascensão nos últimos anos. A tarefa não será nada fácil.

Acompanhe tudo sobre:Esportesestrategias-de-marketingFutebol

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Marketing

Mais na Exame