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Como nasceram os pôneis malditos

Comercial da Nissan permanece no topo dos trending topics do Twitter

Nissan atinge trending topics do Twitter com sua campanha Pôneis Malditos (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2011 às 18h09.

São Paulo - Os pôneis da Nissan já são famosos. Apenas três dias de exposição na TV e na internet foram suficientes para dar aos animaizinhos o topo dos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil e no mundo.

As 72 horas serviram para que o público pegasse a mensagem que satiriza a potência dos motores rivais e para que os criadores da ação ficassem felizes à beça. Resultado de um insight brilhante? Não. Foco na diferenciação do produto, condição primária a ser levada em conta num planejamento publicitário.

Márcio Oliveira, vice-presidente de Operações da Lew’Lara/TBWA, agência responsável pela criação, explicou em poucas palavras o porquê de tanta mídia espontânea obtida por meio de um comercial: Todo carro tem alguma coisa especial. E aí vem a pegada de humor, impacto e pimenta. Estamos vendo com os olhos do consumidor. Não quero brigar com a concorrência, o argumento é:  ‘você quer uma picape de verdade, com cavalos, ou com pôneis no motor?’, questiona.

Embora a receita pareça óbvia, o mercado tem visto pouca coisa tão chamativa assim.  Não é de hoje que a Nissan abusa de irreverência e polêmica ao adotar esta linha de comunicação.

Em parceria com a Lew’Lara, coleciona notificações do Conar, ao longo de meses, por conta do tom comparativo de suas campanhas. Mas agora a fase é outra, explica Oliveira.

Segundo ele, as alfinetadas do passado deram lugar ao planejamento que avalia o diferencial de cada produto da marca e o repassa ao seu público-alvo. Antes a Nissan era desconhecida e agora atinge um outro patamar: o de mostrar porque ela é diferente, observa.

A experiência obtida com o case que atualmente é o principal da carteira da Lew’Lara dá ao publicitário a condição avaliar o mercado. E criticá-lo.

"Falta coragem de fazer e aprovar, daí o mérito da Nissan em concordar com a ousadia, diz em relação à falta de campanhas irreverentes como as da montadora.


Ele considera o movimento uma epidemia. O cenário é propício: há falta de ousadia (no mercado), o filme tem recursos que funcionam ,como um jingle bem feito,  e o material é de bom conteúdo e integrado ao Facebook. Tudo isso funciona como um vírus e as pessoas são os mosquitos que espalham, brinca o vice-presidente de Operações.

A integração dos pôneis foi completa. Enquanto a campanha avisava os telespectadores sobre a nova brincadeira, outra corria em paralelo na internet.

A versão digital continha o complemento que acabou por ser o combustível da ação. O pônei que até então era fofo ficou amaldiçoado e pedia aos internautas que espalhassem o vídeo para 10 pessoas. Do contrário, a maldição faria com que a música grudasse como chiclete na mente de quem a ouviu. O vídeo já tem mais de 2 milhões de visualizações no YouTube.

Não se sabe se a maldição pega ou não, mas a redação já identificou quatro perfis no Twitter repletos de mensagens sobre os tais pôneis malditos.

Veja o comercial:

https://youtube.com/watch?v=X3yGSJE53kU

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São Paulo - Os pôneis da Nissan já são famosos. Apenas três dias de exposição na TV e na internet foram suficientes para dar aos animaizinhos o topo dos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil e no mundo.

As 72 horas serviram para que o público pegasse a mensagem que satiriza a potência dos motores rivais e para que os criadores da ação ficassem felizes à beça. Resultado de um insight brilhante? Não. Foco na diferenciação do produto, condição primária a ser levada em conta num planejamento publicitário.

Márcio Oliveira, vice-presidente de Operações da Lew’Lara/TBWA, agência responsável pela criação, explicou em poucas palavras o porquê de tanta mídia espontânea obtida por meio de um comercial: Todo carro tem alguma coisa especial. E aí vem a pegada de humor, impacto e pimenta. Estamos vendo com os olhos do consumidor. Não quero brigar com a concorrência, o argumento é:  ‘você quer uma picape de verdade, com cavalos, ou com pôneis no motor?’, questiona.

Embora a receita pareça óbvia, o mercado tem visto pouca coisa tão chamativa assim.  Não é de hoje que a Nissan abusa de irreverência e polêmica ao adotar esta linha de comunicação.

Em parceria com a Lew’Lara, coleciona notificações do Conar, ao longo de meses, por conta do tom comparativo de suas campanhas. Mas agora a fase é outra, explica Oliveira.

Segundo ele, as alfinetadas do passado deram lugar ao planejamento que avalia o diferencial de cada produto da marca e o repassa ao seu público-alvo. Antes a Nissan era desconhecida e agora atinge um outro patamar: o de mostrar porque ela é diferente, observa.

A experiência obtida com o case que atualmente é o principal da carteira da Lew’Lara dá ao publicitário a condição avaliar o mercado. E criticá-lo.

"Falta coragem de fazer e aprovar, daí o mérito da Nissan em concordar com a ousadia, diz em relação à falta de campanhas irreverentes como as da montadora.


Ele considera o movimento uma epidemia. O cenário é propício: há falta de ousadia (no mercado), o filme tem recursos que funcionam ,como um jingle bem feito,  e o material é de bom conteúdo e integrado ao Facebook. Tudo isso funciona como um vírus e as pessoas são os mosquitos que espalham, brinca o vice-presidente de Operações.

A integração dos pôneis foi completa. Enquanto a campanha avisava os telespectadores sobre a nova brincadeira, outra corria em paralelo na internet.

A versão digital continha o complemento que acabou por ser o combustível da ação. O pônei que até então era fofo ficou amaldiçoado e pedia aos internautas que espalhassem o vídeo para 10 pessoas. Do contrário, a maldição faria com que a música grudasse como chiclete na mente de quem a ouviu. O vídeo já tem mais de 2 milhões de visualizações no YouTube.

Não se sabe se a maldição pega ou não, mas a redação já identificou quatro perfis no Twitter repletos de mensagens sobre os tais pôneis malditos.

Veja o comercial:

https://youtube.com/watch?v=X3yGSJE53kU

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