Campanha contra o racismo dá voz e corpo ao preconceito
Objetivo de ONG australiana é mostrar como o "racismo casual" pode afetar as pessoas e deixá-las tristes
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2014 às 15h05.
São Paulo - Uma nova campanha da australiana Beyondblue, ONG que pretende chamar atenção para os perigos da depressão e ansiedade, deu voz e corpo ao preconceito. O objetivo é mostrar como o "racismo casual" pode afetar as pessoas e deixá-las tristes.
Criada pela agência Marmalade Melbourne, a ação mostra, por meio de diferentes cenas, um personagem sombrio que cochicha ao pé do ouvido frases preconceituosas sempre que um aborígene aparece.
Numa das situações representadas, um rapaz está sentado no que parece ser um shopping, quando um sujeito senta ao seu lado. "Você não vai ficar sentado aí, né?", diz o personagem sombrio do filme.
Em outra cena, uma moça com traços aborígenes entra numa loja. Ao balconista, o rapaz diz: "O que você acha que ela está tramando?".
A campanha traz também um making of que mostra os próprios atores do filme relatando experiências reais de racismo. Aliás, o rapaz que interpreta o passageiro do ônibus teve uma experiência semelhante nos anos 80. Durante uma viagem num trem lotado, havia um lugar vazio ao seu lado. Mas ninguém sentava.
O vídeo foi feito especialmente para combater o preconceito contra os aborígenes australianos, mas é uma campanha válida para combater qualquer tipo de racismo. "Pare. Pense. Respeite", diz o mote da ação.
Por que uma pessoa deve ser tratada mal só por ser quem ela é?
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