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Onde investir o décimo terceiro salário: veja 5 opções de investimentos indicados por especialistas

Pagamento da primeira parcela cai até o dia 30 de novembro e a segunda parcela cai até o dia 20 de dezembro; veja melhor fora de usar o dinheiro

Décimo terceiro: Tesouro IPCA e Tesouro Selic são boas opções para investir o bônus (Nora Carol Photography/Getty Images)

Décimo terceiro: Tesouro IPCA e Tesouro Selic são boas opções para investir o bônus (Nora Carol Photography/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 12 de novembro de 2023 às 08h00.

Última atualização em 12 de novembro de 2023 às 09h16.

A data tão aguardada pelos trabalhadores de carteira assinada está se aproximando: o pagamento do décimo terceiro. Até o dia 30 de novembro, cai a primeira parcela. Já a segunda, será paga até o dia 20 de dezembro. É nesse período também que outros bônus, como participações em lucro, também entram no bolso dos brasileiros. Com o dinheiro extra nas contas, especialistas ouvidos pela EXAME Invest destacam a necessidade de um bom planejamento financeiro para utilizar o montante.

Segundo Fabio Louzada, economista, analista CNPI e planejador financeiro CFP, não é necessário investir todo o décimo terceiro. Caso a pessoa tenha alguma dívida, a prioridade deve ser pagá-la, ainda mais se houver cobrança de juros. Também para gastos com Natal e Ano Novo, é possível utilizar o bônus para as compras. Mesmo assim, o analista destaca a importância de alocar parte do saldo em investimentos. “É importante estipular um teto máximo para os gastos não extrapolarem e levarem todo o valor do décimo terceiro embora, sem nem conseguir se planejar para fazer algum investimento.”

Já para quem está mais bem estruturado, com suas despesas em dia, João Ferreira, especialista em renda fixa e sócio da One Investimentos, fala que todo o décimo terceiro pode ser investido. “Se a pessoa não vai ter algum gasto excedente no final de ano e já tem uma reserva para pagamento de contas, idealmente deve investir o décimo terceiro de forma integral. Caso não seja possível, acredito que deva colocar a maior parcela no investimento, porque o décimo terceiro chega como um complemento.”

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Renda fixa

Para investidores iniciantes, que tendem a ter um perfil mais conservador, a renda fixa pode ser uma boa opção. Marcos Piellusch, professor da FIA Business School, indica como primeira opção o Tesouro IPCA. Segundo o especialista, o momento atual é interessante para investir nesses títulos, pois proporcionam um rendimento real superior a 5% ao ano, ou seja, 5% acima da inflação. Além disso, já é esperado para 2024 uma maior inflação, segundo o Boletim Focus, o que torna o ativo atrelado ao IPCA vantajoso.

“Podem ser opções interessantes para quem quer aproveitar e aportar recursos para aposentadoria ou para adquirir um bem no longo prazo. Apresenta também baixo risco, desde que mantido até o vencimento”, afirma Piellusch. No Tesouro IPCA 2029, Louzada simula que, ao investir R$ 1 mil, com aportes mensais de igual valor, é possível chegar ao valor bruto de R$ 86.812,52 ao vencimento do investimento, que ocorre em 15 de maio de 2029.

Além deste, o Tesouro Selic é uma opção caso o investidor queira criar uma reserva de emergência. Isso porque o título do governo acompanha a rentabilidade do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Como exemplo, Louzada explica que um investimento de R$ 1 mil hoje no Tesouro Selic 2026 fica, aproximadamente, em R$ 1.222,07 ao final do prazo.

A terceira alocação indicada por Ferreira são fundos de previdência do tipo Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). Isso porque, segundo o especialista, o investidor pode se beneficiar com o diferimento fiscal, que proporciona ao investidor que todo o aporte no PGBL até 12% da sua renda anual, poderá abater esse valor do Imposto de Renda, quando o IR é preenchido no formato completo (em vez do simplificado). “Se for um investidor que faz declaração de Imposto de Renda no formato completo, isso já ajudaria a ter um abatimento do imposto. Fora que é um recurso que não tem aquela cobrança de come-cotas dos fundos de investimentos comuns.”

Renda variável

Com o corte da taxa básica de juros da economia para 12,25% na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os especialistas indicam investimentos de renda variável que podem se beneficiar deste momento. O primeiro deles, recomendado por Piellusch, são os ETFs (fundos de índice). Além de permitirem a aquisição de um conjunto de ativos, em geral, são constituídos de ações de empresas nacionais e estrangeiras, o que garante uma variedade.

“O momento pode ser bom, pois o mercado de renda variável pode reagir positivamente à queda das taxas de juros e as ações podem se valorizar. É importante lembrar que qualquer ativo de renda variável pode sofrer oscilações grandes, então é recomendado pensar em investir para o longo prazo”, diz o especialista. Com isso, o mercado acionário como um todo pode se beneficiar, e os especialistas dizem que uma boa opção para investir o décimo terceiro são as ações. “Se a pessoa tiver tempo e conhecimento para analisar, pode fazer bons investimentos em boas empresas, se beneficiando dessa valorização ao longo do tempo”, comenta Piellusch. Para novembro, a EXAME Invest listou 62 ações recomendadas por gestoras, corretoras e bancos para investir.

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