O que é ETF? Como investir nesse tipo de fundo?
Fundos negociados em bolsa facilitam a vida de quem quer investir no mercado de ações
EXAME Solutions
Publicado em 8 de maio de 2024 às 15h00.
Última atualização em 12 de junho de 2024 às 12h00.
O que é ETF?
Os ETFs, sigla para Exchange Traded Fund, são fundos negociados na bolsa de valores que funcionam de maneira similar aos fundos de investimento convencionais, mas com uma grande vantagem: suas cotas são negociadas como ações.
Com isso, a carteira de investimento ganha maior liquidez e acesso a estratégias de investimento diversificadas, podendo comprar ações por um preço mais acessível.
Também chamados de “ fundos de índices ”, os ETFs têm como objetivo replicar determinados índices de mercado, como o Ibovespa, da bolsa brasileira, ou o índice S&P 500, dos Estados Unidos.
Para isso, a carteira desses ETFs segue a composição dos índices das bolsas de valores. Assim, quando o investidor adquire uma cota de um desses ETFs, ele não está investindo em uma só empresa, mas em um conjunto delas, que representam aquele índice.
Também existem ETFs que contemplam o mercado de renda fixa. Nesse caso, eles replicam a estrutura de índices de investimento de renda fixa do mercado. Outra opção para o investidor são os ETFs de criptomoedas, que reúnem diferentes ativos dessa moeda digital.
Quais as vantagens dos ETFs?
Existem alguns aspectos que levam os investidores a investir em ETFs. Veja só:
Diversificação da carteira de investimentos
Com um único ETF, o investidor pode ter uma série de ativos variados em sua carteira. Isso amplia a diversificação, reduzindo riscos e aumentando oportunidades.
Acesso a diversos mercados
Ao escolher os ETFs, o investidor tem a chance de investir em ações, títulos de renda fixa, commodities e até criptomoedas, tudo com a facilidade de uma única transação.
Flexibilidade e liquidez
Negociados como ações, os ETFs oferecem a flexibilidade de comprar e vender cotas durante o horário de negociação.
Dividendos atrativos
O investidor pode escolher investir em ETFs em diferentes bolsas de valores. Inclusive na bolsa americana! Isso significa um potencial para renda passiva em dólares, já que muitos ETFs nos Estados Unidos distribuem dividendos. Conforme a legislação norte-americana, os ETFs são obrigados a repassar no mínimo 90% de seus lucros aos investidores, sendo uma fonte de renda passiva em dólares.
Custos reduzidos
Os ETFs possuem taxas de administração significativamente menores do que outros fundos de ações, tornando-os uma opção mais econômica em comparação aos fundos tradicionais.
Como surgiram os ETFs?
Tudo começou após a turbulenta "Black Monday" de 1987, um período marcado por uma queda significativa no mercado de ações. Esse evento desencadeou um interesse crescente em produtos financeiros que oferecessem não apenas uma maior diversificação, mas também uma liquidez ampliada.
Foi então que os ETFs surgiram, revolucionando o mundo dos investimentos como uma opção inovadora, mesclando a ampla diversificação característica dos fundos de investimento com a praticidade e agilidade na negociação típica das ações individuais.
Desde seu surgimento, os ETFs têm capturado a atenção dos investidores, crescendo em popularidade e se consolidando como elementos fundamentais nas carteiras de investimentos ao redor do mundo.
Hoje, no Brasil, o mercado de ETFs ainda é restrito, contando com menos de 100 opções disponíveis. Nos Estados Unidos, o mercado é bastante diversificado, com mais de 3.000 ETFs à disposição dos investidores.
O mercado americano de ETFs é o maior do mundo e sua trajetória de crescimento é impressionante. Segundo dados da Statista, o mercado americano de ETFs escalou de 204 bilhões de dólares em 2003 para mais de 9,6 trilhões de dólares no final de 2022.
É possível começar a investir em ETFs na bolsa americana com apenas U$1, e sem taxa de corretagem, com a Nomad.
Imposto de Renda dos ETFs
Vale pontuar que os ETFs têm a cobrança de Imposto de Renda sobre os rendimentos. Os ETFs de ações têm uma cobrança de 15% sobre o ganho de capital, que é a diferença entre o valor da compra e o valor da venda do título.