Itaúsa (ITSA4): o plano da holding para aumentar dividendos
A holding passa por um momento de “vale”, cujo patamar dos dividendos não está dentro do esperado, afirma Setubal
Repórter de Invest
Publicado em 11 de outubro de 2023 às 14h13.
Última atualização em 11 de outubro de 2023 às 15h27.
Os dividendos da Itaúsa (ITSA4) poderão vir mais robustos nos próximos trimestres. Pelo menos é este um dos objetivos do CEO da holding, Alfredo Setubal. Para concretizar a intenção, ele afirma ter um caminho: reduzir as dívidas acumuladas nos últimos anos.
Estratégia da Itaúsa (ITSA4)
Durante o Panorama Itaúsa 2023, realizado na última terça, 10, Setubal destacou que a holding passa por um momento de “vale”, cujopatamar dos dividendosnão está dentro do esperado. No entanto, Setubal destaca que um caminho para reverter esse cenário é o foco na gestão de caixa e na desalavancagem — que deverá compensar o fluxo de proventos mais baixos.
“Temos usado a venda de ações da XP, que desde o primeiro momento dissemos que não era um investimento estratégico para a Itaúsa, pois o nosso investimento dentro do setor financeiro é através do Itaú Unibanco. Temos reduzido essa participação ao longo dos últimos anos e usado os recursos para fazer aamortização das dívidas”afirmou.
Dívidas da Itaúsa (ITSA4)
Segundo o CEO da Itaúsa, a holding chegou a acumular dívidas de R$ 8,5 bilhões. “Hoje, passamos para uma dívida de R$ 5 bilhões. Ainda temos um saldo de ações da XP para realizar, vamos fazer isso ao longo dos próximos meses com calma e tranquilidade, aproveitando os momentos de preços melhores, e vamos reduzir ainda mais essa dívida.”
Apenas em juros, a Itaúsa paga R$ 1 bilhão por ano, valor que Setubal reconhece ser alto para a holding — que se mantém por meio dos dividendos que recebe. Por isso, a venda ou aquisição de novos negócios não são descartados. “O mais importante para os acionistas é que temos mantido nossa prática de distribuir os dividendos recebidos do Itaú Unibanco. Já os dividendos recebidos de outras empresas são usados para a amortização de juros, pagamentos de despesas de holdings, impostos, entre outros”, frisa.