São Paulo - As ações da Vale (VALE5) e do BB Seguridade (BBSE3) foram as mais sugeridas pelas corretoras para o mês de junho. Ambas estão presentes em nove das 20 carteiras recomendadas de ações recebidas por EXAME.com.

A terceira ação mais recomendada para o mês foi a Suzano (SUZB5), presente em oito portfólios.

As carteiras recomendadas são enviadas mensalmente pelas corretoras aos seus clientes e trazem as principais recomendações das casas para o mês que se inicia. Veja a matéria completa com as carteiras recomendadas para junho. 

Conforme destacaram os analistas em seus relatórios mensais, a Vale pode ser uma das principais beneficiárias do cenário de real mais desvalorizado nos próximos meses, uma vez que seus resultados são fortemente ligados ao seu nível de exportações. 

Apesar da desaceleração da economia chinesa - principal destino das exportações de minério de ferro da Vale -, corretoras defendem que o PIB da China deve superar os 7% em 2014, sustentando a demanda internacional por commodities. 

Segundo o relatório da Guide Investimentos, a expectativa é de que a desaceleração chinesa represente apenas um pouso suave da economia do país, não prejudicando a mineradora de maneira significativa neste ano.

Além disso, a corretora afirma que a Europa e os Estados Unidos seguem suas trajetórias de recuperação econômica, aumentando o potencial de exportação da Vale. "No 1T14 [primeiro trimestre de 2014], a relevância dos Estados Unidos na receita da Vale já teve um forte avanço", diz o relatório da Guide. 

Os analistas da Guide também ressaltam que a Vale deve apresentar bons resultados a partir dos seus projetos de redução de custos estruturais, baseados sobretudo na retirada de investimentos de ativos que não são o foco da companhia.   

Sobre a recomendação da BB Seguridade, braço de seguros do Banco do Brasil, as corretoras justificam que a empresa tem um alto potencial de retorno pela sua atuação no setor de seguros, um mercado ainda inicipiente no país, mas com fortes expectativas de expansão. 

Também é destacada a capilaridade da companhia, já que seus produtos são oferecidos nas agências do Banco do Brasil, presentes em diversas regiões do Brasil. 

Ainda que a ação corra risco de sofrer intervenções do governo, conforme ressalta a XP Investimentos, parcerias com empresas privadas, como a Mapfre mitigam um pouco esse risco.

Em relação à Suzano, os analistas mencionaram principalmente as expectativas de bons retornos das operações da sua nova fábrica no Maranhão. 

"Estimamos que a operação de Maranhão deverá adicionar um crescimento de até 30% na geração de caixa da empresa em 2014, e que isso contribuirá positivamente para a redução de alavancagem e percepção de risco do mercado para o ativo", destaca o relatório da XP Investimentos. 

Além disso, conforme ressaltam os analistas da Spinelli, a atuação da produtora de papel e celulose está mais diversificada com a entrada da companhia no mercado de fluffs, usados em absorventes e fraldas.