Exame Logo

Tenho uma dívida enorme. Devo refinanciar meu imóvel?

Internauta pergunta se refinanciar seu imóvel na praia seria uma boa solução para pagar dívidas após corte no orçamento

Pessoa afundada em contas: internauta pergunta se refinanciar seu imóvel na praia seria uma solução para pagar dívidas (Marcelo Spatafora/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2014 às 12h00.

Dúvida do internauta: Meu orçamento diminuiu  e estou "enforcado" comdívidas de cerca de 200 mil reais. Agora quero acabar com estas contas.

Gostaria de saber se o refinanciamento de umimóvel é uma boa solução para o meu caso. Possuo um imóvel de aproximadamente 700 mil reais na praia, quitado.

É uma saída para pagar ofinanciamento do meu carro , empréstimos em bancos e todas as minhas dívidas?

*Resposta de Ronaldo Gotlib

A solução de refinanciar o imóvel existe e é viável. Porém, você deve observar o risco dessa operação.

Provavelmente, apesar do valor elevado de 200 mil reais, suas dívidas estão pulverizadas em diversas instituições financeiras, o que significa que a probabilidade de ser cobrado a pagar os débitos por meio de uma ação judicial é pequena, por conta dos custos altos e riscos para os credores.

Ao ofertar o imóvel em garantia de um empréstimo, a situação muda de figura, pois o bem será alienado pelo banco e a tomada do imóvel pela instituição financeira, em caso de inadimplência, é líquida e certa.

Você deve buscar uma estratégia para negociar os diversos débitos antes de pensar nesta medida, que, na minha opinião, deve ser buscada como última alternativa.

Provavelmente, como na maioria dos empréstimos praticados em nosso país, o valor da sua dívida deve incluir juros excessivos, taxas e cobranças indevidas, entre outras irregularidades.

Seria aconselhável buscar uma assessoria para recalcular os valores devidos e verificar se todas as cobranças são legais. Depois, recomendo negociar com os credores.

Caso a negociação não seja aceita, é possível entrar com uma ação judicial para conseguir um ajuste de contas.

Ao negociar as dívidas, você deve priorizar o financiamento do automóvel, por conta dos riscos de ser alvo de uma ação na Justiça que resulte na busca e apreensão do veículo, caso ainda não tenha pago mais de dois terços do valor devido no financiamento.

Como ser mais esperto para não gastar tanto dinheiro

[videos-abril id="4880cc08cf78efc9f5bcb417ff8b8aec" showtitle="false"]

*Ronaldo Gotlib é consultor financeiro e advogado especializado nas áreas de Direito do Consumidor e Direito do Devedor. Autor dos livros “Dívidas? Tô Fora! – Um Guia para você sair do sufoco”, “Testamento – Como, onde, como e por que fazer”, “Casa Própria ou Causa Própria – A verdade sobre financiamentos habitacionais”, “Guia Jurídico do Mutuário e do candidato a Mutuário”, além de ser responsável pela elaboração do Estatuto de Proteção ao Devedor e ministrar palestras sobre educação financeira.

Perguntas, críticas e observações em relação a esta resposta? Deixe um comentário abaixo!

Envie suas dúvidas sobre dívidas, empréstimos e financiamentos para seudinheiro_exame@abril.com.br.

Veja também

Dúvida do internauta: Meu orçamento diminuiu  e estou "enforcado" comdívidas de cerca de 200 mil reais. Agora quero acabar com estas contas.

Gostaria de saber se o refinanciamento de umimóvel é uma boa solução para o meu caso. Possuo um imóvel de aproximadamente 700 mil reais na praia, quitado.

É uma saída para pagar ofinanciamento do meu carro , empréstimos em bancos e todas as minhas dívidas?

*Resposta de Ronaldo Gotlib

A solução de refinanciar o imóvel existe e é viável. Porém, você deve observar o risco dessa operação.

Provavelmente, apesar do valor elevado de 200 mil reais, suas dívidas estão pulverizadas em diversas instituições financeiras, o que significa que a probabilidade de ser cobrado a pagar os débitos por meio de uma ação judicial é pequena, por conta dos custos altos e riscos para os credores.

Ao ofertar o imóvel em garantia de um empréstimo, a situação muda de figura, pois o bem será alienado pelo banco e a tomada do imóvel pela instituição financeira, em caso de inadimplência, é líquida e certa.

Você deve buscar uma estratégia para negociar os diversos débitos antes de pensar nesta medida, que, na minha opinião, deve ser buscada como última alternativa.

Provavelmente, como na maioria dos empréstimos praticados em nosso país, o valor da sua dívida deve incluir juros excessivos, taxas e cobranças indevidas, entre outras irregularidades.

Seria aconselhável buscar uma assessoria para recalcular os valores devidos e verificar se todas as cobranças são legais. Depois, recomendo negociar com os credores.

Caso a negociação não seja aceita, é possível entrar com uma ação judicial para conseguir um ajuste de contas.

Ao negociar as dívidas, você deve priorizar o financiamento do automóvel, por conta dos riscos de ser alvo de uma ação na Justiça que resulte na busca e apreensão do veículo, caso ainda não tenha pago mais de dois terços do valor devido no financiamento.

Como ser mais esperto para não gastar tanto dinheiro

[videos-abril id="4880cc08cf78efc9f5bcb417ff8b8aec" showtitle="false"]

*Ronaldo Gotlib é consultor financeiro e advogado especializado nas áreas de Direito do Consumidor e Direito do Devedor. Autor dos livros “Dívidas? Tô Fora! – Um Guia para você sair do sufoco”, “Testamento – Como, onde, como e por que fazer”, “Casa Própria ou Causa Própria – A verdade sobre financiamentos habitacionais”, “Guia Jurídico do Mutuário e do candidato a Mutuário”, além de ser responsável pela elaboração do Estatuto de Proteção ao Devedor e ministrar palestras sobre educação financeira.

Perguntas, críticas e observações em relação a esta resposta? Deixe um comentário abaixo!

Envie suas dúvidas sobre dívidas, empréstimos e financiamentos para seudinheiro_exame@abril.com.br.

Acompanhe tudo sobre:dicas-de-financas-pessoaisDívidas pessoaisImóveisrenda-pessoal

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Minhas Finanças

Mais na Exame