Minhas Finanças

Reclamações sobre serviços de internet aumentaram 20% na pandemia

Falhas de conexão, lentidão ou mesmo falta de sinal estão entre as principais reclamações, diz Proteste

É possível verificar se a velocidade da conexão está de acordo com o pacote de dados contratado (Kathrin Ziegler/Getty Images)

É possível verificar se a velocidade da conexão está de acordo com o pacote de dados contratado (Kathrin Ziegler/Getty Images)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 10 de novembro de 2020 às 12h47.

Última atualização em 10 de novembro de 2020 às 15h18.

Com o aumento do home office, aliado a aulas online, maior uso de sistemas de streaming e reuniões virtuais, a demanda por serviços de internet aumentou. No entanto, nem sempre os consumidores conseguem usar o serviço adequadamente. Falhas ou falta de conexão, instabilidade do sinal e velocidade são alguns dos problemas apontados. Queixas como cobrança indevida ou serviço não cumprido também são frequentes.

Fundos que rendem e que estão prontos para uma emergência? Temos! Assine a EXAME Research

O Serviço de Defesa do Consumidor da associação de consumidores Proteste teve um aumento de 20% dos casos atendidos sobre serviços de internet durante a pandemia. A pesquisa considera o período de março a setembro em relação a 2019. Os principais motivos de reclamação são: falha na prestação de serviço (36,2%), descumprimento de oferta (21,1%), fatura injustificada (9,1%), interrupção no fornecimento do serviço (7,3%), direito de arrependimento (4,3%), entre outros.

 

De acordo com dados da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), de janeiro a julho foram registradas 183.807 reclamações relacionadas à banda larga, um acréscimo de 11,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , em agosto, a internet ficou 8,51% mais cara que em julho. No mesmo intervalo do ano passado, para comparar, o aumento foi de 0,11%. Com a alta, a banda larga tornou-se um dos motivos da inflação, contribuindo com 0,05 ponto percentual para o aumento mensal de 0,24% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA).

O que fazer

No início da pandemia, consumidores podem ter optado por pacotes de internet com maior velocidade. O benefício, no entanto, pode não ser visível caso o sinal seja compartilhado com muitas pessoas na mesma residência ou em situações em que o consumidor opta por utilizar o serviço em um local no qual o sinal de wi-fi seja fraco.

"Com o aumento de tráfego gerado pelo isolamento social, as respostas aos servidores ficaram mais demoradas, pois temos uma menor velocidade média e um aumento no tempo de resposta", explica Daniel Alves de Barros, especialista da Proteste. "Uma boa alternativa para melhorar a conexão é achar a melhor posição da casa para instalar o roteador. Além disso, é possível usar um repetidor de sinal ou mesmo optar por um roteador com maior alcance", orienta.

Também é possível verificar se a velocidade da conexão está de acordo com o pacote de dados contratado por meio de serviços disponíveis online. A própria Proteste oferece um Velocímetro em seu site. Caso o serviço não esteja em conformidade ou exista qualquer outro problema, é possível realizar uma reclamação contra a empresa na Proteste, Procon ou à Senacon.

Acompanhe tudo sobre:Internetorcamento-pessoalplanejamento-financeiro-pessoalProtesteTelefonia

Mais de Minhas Finanças

O que fazer se você não recebeu 13º salário? Veja como agir e seus direitos

PIS/Pasep 2024 pode ser sacado até 27 de dezembro; veja quem tem direito

PIS/Pasep vai mudar; entenda a alteração aprovada no Congresso

O que fazer com a 2ª parcela do 13° salário? Benefício é pago até hoje