Minhas Finanças

Quero aprender a investir na bolsa. O que preciso saber?

Planejador financeiro responde dúvida de leitor sobre investimentos. Envie você também sua pergunta

Trader na Nyse: primeira coisa que você precisa saber é o motivo para querer investir na bolsa (Brendan McDermid/Reuters)

Trader na Nyse: primeira coisa que você precisa saber é o motivo para querer investir na bolsa (Brendan McDermid/Reuters)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 20 de outubro de 2019 às 07h00.

Última atualização em 2 de novembro de 2019 às 23h35.

Pergunta do leitor: Quero aprender a investir na bolsa: o que preciso saber?

Resposta de Valter Police, CFP®

A primeira coisa que você precisa saber é o motivo para querer investir na bolsa. Se sua busca é por possíveis retornos rápidos ou milagrosos, que possibilitarão “viver da bolsa”, provavelmente você se decepcionará – isso é ilusão!

Se, por outro lado, sua motivação for a diversificação de seus investimentos, buscando melhores retornos no longo prazo, aí sim sua busca poderá ter bons resultados.

Também precisa saber o que significa ter ações: você se torna sócio da empresa e pode ganhar dinheiro basicamente de duas formas: com a valorização da ação e com a distribuição dos lucros (dividendos e juros sobre o capital próprio).

Um ponto importante é que as rentabilidades das ações variam muito, para cima e para baixo, podendo permanecer no campo negativo por meses ou mesmo anos. Você precisa aceitar.

Para isso, é fundamental que você tenha uma reserva de emergência, que possa ser acessada em caso de necessidade, para que você não precise vender suas ações em momentos ruins do mercado.

Você pode investir na bolsa diretamente – abra uma conta na corretora, escolha, compre e venda as ações – ou indiretamente – invista em fundos de ações, em que gestores profissionais tomam as decisões por você.

Existem também os ETFs, que na prática funcionam de forma similar aos fundos, mas replicam o índice da bolsa. Eles são negociados como se fossem ações e podem ser comprados e vendidos pelo home broker.

Busque consultar fontes confiáveis para se educar continuamente e reflita se é melhor operar sozinho ou utilizar fundos de investimento.

Lembre-se de que renda variável é para o longo prazo e aquela estratégia de comprar e vender ações freneticamente costuma trazer grandes decepções.

Boas decisões!

Valter Police é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pela Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. E-mail: valter@fiduc.com.br

As respostas refletem as opiniões do autor, e não do site Exame ou da Planejar. O site e a Planejar não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

Envie suas dúvidas sobre investimentos para seudinheiro_exame@abril.com.br
Acompanhe tudo sobre:Açõesaplicacoes-financeirasbolsas-de-valoresDinheiroInvestimentos-pessoaisInvistaorcamento-pessoalplanejamento-financeiro-pessoal

Mais de Minhas Finanças

Justiça libera R$ 2,6 bilhões em atrasados do INSS; veja quem recebe

Procon-SP alerta consumidores para evitar problemas com pacotes de viagem nas férias

Salário mínimo terá nova regra? Veja o que está em discussão no governo

Programa Pé-de-Meia: Caixa inicia pagamento da parcela de novembro na segunda-feira