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Previdência privada ou Tesouro Direto. Qual é melhor?

Fernando Meibak esclarece dúvida de leitor sobre aposentadoria. Envie você também suas perguntas


	Dinheiro na mão: Tesouro Direto é a alternativa mais indicada
 (ThinkStock/Uelder Ferreira)

Dinheiro na mão: Tesouro Direto é a alternativa mais indicada (ThinkStock/Uelder Ferreira)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2016 às 10h31.

Pergunta do leitor: Sei que preciso investir para ter dinheiro na velhice. Mas devo optar por um plano tradicional de previdência privada (PGBL ou VGBL) ou é mais vantagem investir em outras opções de renda fixa, por exemplo, como Tesouro Direto?

Resposta de Fernando Meibak*:

É muito importante a preparação financeira, dentre outras coisas, para a velhice. Quanto mais cedo você implementar um programa de poupança, melhor. 

As taxas de juros são muito elevadas no Brasil há muito tempo, por diversos motivos. Recomendamos sempre que as pessoas concentrem seus investimentos em renda fixa. No longo prazo tem sido muito eficiente. 

Para programas visando aposentadoria nossa forte recomendação é blindar esses recursos contra riscos, investindo em títulos indexados à inflação. Os papéis indicados são os do Tesouro Nacional, que são os de menor risco.

O mecanismo Tesouro Direto é muito vantajoso, apresenta custos baixos. É a melhor maneira de se investir, pois permite aplicações de montantes elevados ou pequenos, pode-se programar investimentos mensais etc. 

Os títulos Tesouro IPCA que não têm pagamento periódico de juros, que acumulam todo o rendimento para o vencimento (as anteriormente chamadas de Notas de Tesouro Nacional Série B Principal) são os que mais indicamos.

É possível investir em papéis que vencem em 2019, 2024, 2035, 2050, por exemplo. Ressaltamos que o sistema Tesouro Direto permite liquidez (você vender de volta os papéis) a qualquer tempo, ficando, entretanto, com o risco de flutuação de preço —que poderá ser favorável ou desfavorável.

Sempre recomendamos que as pessoas pensem num programa de longo prazo e invistam nesses títulos com a ideia de ficar até o vencimento. 

Mire a idade de 65 anos como início do uso dessa poupança e escolha os papéis que vencem acima dessa data. Se você tem 40 anos, por exemplo, não é interessante investir em títulos que vencerão em 2019, 2024, por exemplo, pois assim você estará incorrendo no risco do reinvestimento dos recursos, que poderá ser em taxas menores.

Atualmente as taxas de rendimento desse tipo de títulos estão próximas de 6% ao ano, mais o IPCA. É um rendimento muito elevado, sem paralelo no mundo.

Os planos de previdência têm alguns pontos interessantes, mas podem apresentar custos elevados, especialmente para poupadores que não têm grandes valores. Acho melhor você mesmo investir os recursos de longo prazo, conforme explicado.

* Fernando Meibak é sócio da consultoria Moneyplan, ex-diretor de gestão de investimentos do ABN-Amro Real e HSBC Brasil e autor do livro “O Futuro Irá Chegar! Você Está Preparado Financeiramente para Viver até os 90 ou 100 Anos?”.

Envie suas dúvidas sobre aposentadoria e investimentos para seudinheiro_exame@abril.com.br.

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