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Para comprar hoje o que se comprava com R$ 100 em 1994 são necessários R$ 748

A perda do poder de compra nos últimos 28 anos foi de mais de 85%, e nota de R$ 100 equivale hoje a menos de R$ 14 na década de 90

Nota de R$ 100: cédula lançada em 1994 com o plano Real perdeu poder de compra em mais de 85% (Felipe Queiroz Alves / EyeEm/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 20 de julho de 2022 às 08h00.

Última atualização em 14 de junho de 2024 às 17h28.

Inflação. Esse termo, apesar de ser um típico "economês", faz parte da realidade dos brasileiros há muitas décadas. Definida como o aumento geral de preços de bens e serviços em uma economia, a inflação é sentida na prática pela população porque corrói o poder de compra. E não é pouco.

Para se ter uma ideia, uma nota de R$ 100 reais hoje compra o mesmo que R$ 13,91 compravam em julho de 1994. A inflação acumulada nesses 28 anos (de julho de 1994 a julho de 2022) foi de 653%.

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Na prática, isso significa que para comprar o mesmo que se comprava com R$ 100 na década de 90, hoje são necessários R$ 748. Esses dados foram calculados pelo economista da LCA Consultores, Bruno Imaizumi, e mostram claramente a perda do poder de compra da população brasileira.

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A alta dos preços tem afetado significativamente a renda dos trabalhadores. Itens básicos de alimentação e transporte têm tido aumentos expressivos como o gás de cozinha, que já é vendido a R$ 130 em alguns estados, o litro do leite, que ultrapassa os R$ 7 reais, e o da gasolina, que apesar de ter apresentado uma queda recente, já atingiu os R$ 9 em alguns lugares do país 2022.

Segundo dados do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em São Paulo a cesta básica custava R$ 777 em junho.

"Tivemos poucos momentos com uma inflação acima de 10%, alguns picos, mas nada que tenha saído do controle. A queda do poder de compra é normal em qualquer país, por isso as pessoas precisam buscar investimentos e maneiras de tentar se proteger dessa perda", explica o estrategista chefe da Levante Investimentos, Rafel Bevilacqua.

Ele explica ainda que diversos pontos da economia brasileira são indexados na inflação como contratos de aluguel e o próprio salário das pessoas. E que seria ideal desindexar com foco na queda da inflação, mas também ressalta que esse cenário é muito improvável de ser posto em prática hoje.

Vale-refeição dura só 13 dias

Com a alta da inflação, o vale-refeição, oferecido pelas empresas aos colaboradores, também perdeu poder de compra. O benefício que deveria durar cerca de 22 dias úteis de refeições, está acabando após 13 dias do mês.

O custo médio da refeição fora de casa já chega a R$ 40,64 no País, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT).

Como buscar renda extra

Não à toa, 60% dos trabalhadores formais brasileiros buscam trabalhos informais - os famosos bicos ou freelas - para complementar a renda e conseguir pagar as contas, segundo dados da BARE International. Nessa busca por aumentar a renda mensal, a internet entrou como aliada, permitindo acesso a diversas formas diferentes de conseguir uma renda extra.

As opções vão desde montar uma loja virtual ou nas redes sociais até revender produtos importados e responder pesquisas online. Mas o leque de alternativas é variado e também engloba trabalhos não virtuais para ajudar no orçamento. Há opções como produção de comidas e doces, serviços à domicílio de estética e beleza, e produção de conteúdo (livros, cursos e aulas).

Para ajudar quem está em busca de uma renda extra mensal, a EXAME compilou em um e-book 30 formas de ganhar renda extra. O conteúdo gratuito oferece dezenas de opções e explica como começar em cada uma delas. O e-book pode ser baixado neste link ou no botão abaixo .

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