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Os 7 erros mais evitados pelos ricos ao investir

Gestores de grandes fortunas apontam o que pequenos investidores podem aprender com milionários

Sinal vermelho: O que pequenos investidores podem aprender com milionários, segundo gestores de grandes fortunas (Freeimages.com)
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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2015 às 14h44.

São Paulo - Quem tem milhões de reais para investir costuma ter uma visão diferente sobre como aplicar o dinheiro se comparado a um pequeno aplicador, segundo especialistas em gestão de fortunas ouvidos por EXAME.com.

Milionários geralmente são mais disciplinados com relação às finanças, principalmente se construíram o próprio patrimônio ao longo da vida ( veja quais são os fatores que levam à riqueza ). “Eles aprenderam a valorizar o dinheiro”, diz Peter Wilson, sócio-diretor Managrow, gestora que administra mais de 400 milhões de reais em ativos de grupos familiares e empresariais.

Grandes investidores também têm mais recursos disponíveis para contratar profissionais especializados, que os auxiliem a tomar as decisões corretas na administração de suas fortunas.

Para Wilson, o erro mais comum cometido por pequenos investidores é decidir onde aplicar o dinheiro sem fazer análises e pesquisas. “Concentrar investimentos em poucos ativos e em aplicações arriscadas também são equívocos frequentes".

Executivos de gestores especializados em clientes de alta renda apontam quais são os erros evitados pelos ricos nos seus investimentos.

1) Não ter consciência de quanto ganha e gasta

Não é porque milionários têm muito dinheiro disponível que não devem se preocupar com a disciplina financeira (aprenda 14 hábitos que te deixam mais rico).

Grandes investidores sabem que se gastarem mais do que ganham seu patrimônio vai diminuir. Caso não mude esse comportamento, uma hora a fortuna vai acabar.

Além disso, a falta de controle do dinheiro torna necessário o resgate constante do dinheiro investido em aplicações financeiras com o objetivo de equilibrar despesas e rendimentos.

Como consequência, o grande investidor não consegue obter os retornos previstos inicialmente na aplicação, o que pode exigir mudanças em seus objetivos financeiros.

Nas gestoras de grandes fortunas, a renda utilizada para as despesas mensais dos clientes fica separada dos recursos destinados aos investimentos.

O objetivo é evitar ao máximo que o grande investidor utilize esses valores e precise resgatá-los antes do prazo determinado.Além de reduzir o ganho previsto, resgatar investimentos antes do prazo pode até causar prejuízos, dependendo do tipo de aplicação .

Um exemplo é o investimento em ações . Caso o investidor precise se desfazer dos ativos de uma hora para outra, ele pode ter de se sujeitar a vender a ação em um momento de baixa da bolsa, perdendo dinheiro.

2) Não verificar se a instituição financeira é confiável

Antes de escolher o banco, corretora ou gestora de investimentos onde vai aplicar seu dinheiro, o milionário costuma buscar referências sobre o histórico e reputação da instituição financeira.

Além disso, muitos deles buscam conversar com outros investidores e comparar os investimentos recomendados por cada instituição.

Grandes investidores sabem que vale a pena gastar tempo e dinheiro para analisar as aplicações financeiras antes de fazer suas escolhas.

O pequeno investidor que tem orçamento limitado para pedir o auxílio de um consultor especializado pode estudar os investimentos por meio de cursos, livros e outras fontes de informação. “Dessa forma ele já consegue diminuir o risco do investimento”, diz Wilson, da Managrow.

A ausência de conflitos de interesses da instituição financeira na hora de recomendar aplicações também é um requisito muito prezado por grandes aplicadores.

Gestoras independentes que são remuneradas por clientes e não têm produtos de investimentos próprios costumam oferecer opiniões mais isentas sobre onde investir, segundo , diz Daniel Auerbach, sócio do multifamily office Consenso, que administra 14 bilhões de reais. “Elas buscamem diversas instituiçõesas opçõesde investimentosmais adequadas e com menores custos para o cliente."

3) Não monitorar aplicações financeiras

Ainda que tenham uma equipe dedicada a acompanhar o desempenho de suas aplicações financeiras, os milionários gostam de discutir seus investimentos com os consultores. “Eles gastam tempo com o assunto”, afirma José Eduardo Martin, sócio da GPS, gestora de fortunas do Grupo Julius Baer.

Na Consenso, ainda que a estratégia de investimento passe pela aprovação de uma equipe de análise e também por advogados, quem dá a palavra final é o cliente.

Para o investidor que não tem acesso a uma estrutura de aconselhamento financeiro, o monitoramento se torna ainda mais importante. A frequência vai depender do prazo e risco de cada aplicação financeira.

Ao acompanhar os investimentos de perto, é possível direcionar recursos para aplicações que ofereçam maior retorno e evitar riscos diante de mudanças no cenário econômico, que podem ter impacto negativo sobre o dinheiro aplicado.

4) Não diversificar

Investir tanto em aplicações que possam ser resgatadas no curto prazo, quanto em um período maior de tempo, permite que o investidor tenha mais segurança para aguardar o retorno de investimentos de longo prazo.

O planejamento de longo prazo, como forma de complementar a aposentadoria e evitar que o patrimônio seja corroído pela inflação e por gastos imprevistos, é uma estratégia comum entre os ricos. “O grande investidor sabe ter paciência”, diz Auerbach, da Consenso.

Ter uma carteira diversificada, com ativos que possuem diferentes graus de riscos, evita que o investidor precise mexer com frequência na sua carteira de investimentos para se adaptar às alterações do cenário econômico.

Para Luis Lima, sócio da gestora Berkana, o pequeno investidor, que tem menos recursos para aplicar, pode criar uma carteira diversificada ao longo de cinco anos, por exemplo. “Conforme ele acumula um patrimônio maior, pode aceitar investimentos de maior risco.”

5) Não ter coragem de seguir uma estratégia própria

Investimentos da moda, com promessas de altos ganhos e geralmente recomendados por amigos e conhecidos não costumam seduzir grandes investidores ( conheça o aplicativo que ensina a investir como os bilionários ).

O objetivo de quem investe deve ser principalmente antecipar tendências, e não segui-las. “Um grande erro cometido pelo pequeno aplicador é olhar apenas a rentabilidade passada de uma aplicação financeira e ser pessimista com relação a um investimento que registrou prejuízo”, diz Lima, da Berkana.

6) Não se preocupar em preservar o patrimônio

Os milionários não se preocupam apenas em ganhar mais dinheiro, mas em como manter o patrimônio já conquistado. Minimizar riscos para evitar perdas é uma prática comum entre esses investidores.

Milionários monitoram constantemente o seu perfil de risco, diz Marin, da GPS. Dessa forma, conseguem saber se devem se arriscar mais ou menos diante de uma crise econômica, por exemplo.

Mesmo quando investem em aplicações mais arriscadas, grande investidores são cautelosos. É difícil encontrar milionários com investimentos concentrados em ações de uma única empresa, ainda que sejam apaixonados pelo negócio, segundo os gestores.

O risco é proporcional ao patrimônio. Quando o grande investidor aplica milhões em ações de uma empresa, é necessário calcular o porcentual que o valor investido representa em relação ao patrimônio.

Para Wilson, da Managrow, não é difícil encontrar um pequeno investidor que aposte todo o patrimônio em um investimento com risco elevado. “Isso não faz sentido. Para o pequeno, que tem renda limitada, a necessidade de preservação do que já conquistou deve ser ainda maior”.

7) Não proteger o patrimônio contra problemas pessoais

Tanto o milionário como o pequeno investidor estão sujeitos a imprevistos e eventos familiares que podem gerar gastos inesperados.

Wilson, da Managrow, afirma que o seguro de vida é encarado pelos ricos como um investimento e deveria ser visto da mesma forma pelos pequenos investidores. “Os riscos de morte e invalidez podem ter um impacto muito negativo sobre a renda futura do investidor e de sua família”.

Milionários também não deixam de planejara divisão de sua herança e apartilha de bens em caso de divórcio. “Esse planejamento também é válido para quem tem recursos a partir de um milhão de reais”, diz Wilson.

São Paulo - Exemplos para aplicadores em todo o mundo, oito grandes investidores têm em comum um longo caminho de sucesso em suas aplicações financeiras. Não à toa, alguns aparecem constantemente na lista global dos mais ricos . Esses nomes lendários não construíram suas fortunas com base na sorte e especulação, e tiveram de lidar com os altos e baixos do mercado financeiro.A partir de suas trajetórias pessoais, ensinam conceitos importantes que servem como base para qualquer investimento . Conheça as principais lições:
  • 2. Tenha um objetivo sustentável

    2 /10(REUTERS/Rick Wilking)

  • Veja também

    Com foco no longo prazo, o megainvestidor americano Warren Buffet não costuma investir em aplicações populares. Prefere aplicar sua fortuna em negócios tradicionais ou consolidados em um pequeno mercado e que podem render bons e constantes lucros no futuro. Dessa forma, seu patrimônio não flutua ao sabor da economia. Além disso, quando Buffet acerta o alvo, a margem de ganho é maior, pois a aplicação foi feita antes da expansão ou valorização do investimento.
  • 3. Use os altos e baixos a seu favor

    3 /10(Simon Dawson/Bloomberg)

  • Enquanto muitos investidores temem oscilações em suas aplicações financeiras, o empresário e megainvestidor húngaro-americano George Soros , de perfil agressivo, sempre viu oportunidades na volatilidade dos investimentos. Para isso, acompanha bem de perto a evolução de dados sobre a economia que possam ter impacto futuro nas aplicações e empresas nas quais investe. Dessa forma, consegue migrar recursos de uma aplicação financeira para outra antes de perder dinheiro, ou passar a investir em segmentos que tenham potencial de valorização após mudanças no cenário macroeconômico.
  • 4. Esteja à frente de recomendações

    4 /10(Divulgação/ Site templeton.org)

    O empresário e filantropo John Templeton realizava investimentos na direção contrária da que o mercado apostava. Seu lema era: pense por si mesmo. Para selecionar aplicações financeiras, criou suas próprias ferramentas, e não seguia recomendações e tendências. Enquanto os olhos da maioria dos investidores estavam geralmente voltados para determinada empresa ou aplicação financeira, ele garimpava investimentos não convencionais, com maior oportunidade de ganhos.
  • 5. Saiba administrar os riscos

    5 /10(Divulgação/Columbia Archives)

    O investidor americano Benjamin Graham foi professor de Warren Buffet e um exemplo para o megainvestidor. Pai do conceito de investimento em valor, um dos ensinamentos de Graham é de que o investidor não dever temer o risco, mas, sim, administrá-lo. Como não é possível fugir totalmente das perdas ao investir, Graham definia um nível máximo de riscos para sua carteira de aplicações e se mantinha dentro dessa margem de segurança. Caso seu nível de risco ultrapassasse essa margem, o investidor não aplicava seu dinheiro, pois passaria a especular e ter grandes chances de perdas.
  • 6. Diversifique na medida certa

    6 /10(Wikimedia Commons)

    O economista britânico John Maynard Keynes, criador da macroeconomia moderna, também era um investidor. Um dos conceitos que seguia era o da diversificação inteligente, que consiste em diminuir os riscos das aplicações financeiras ao optar por produtos com comportamento opostos ou ao menos diferentes. Isso não se resume a ter na carteira uma parte de investimentos em renda fixa e outra porção em renda variável ( entenda os conceitos ), mas, dentro das opções de aplicações em renda variável, investir em ativos que tenham reflexos diferentes diante de uma mesma situação. Dessa forma, o patrimônio não fica refém de mudanças na economia.
  • 7. Seja racional

    7 /10(Getty Images)

    Braço direito do megainvestidor Warren Buffet , Charles Munger é conhecido por mapear comportamentos que influenciam de forma negativa nas decisões de investimento, e fugir deles. Racional, acredita que investir consiste em se preparar, ter paciência, disciplina e objetividade. Para Munger, situações de estresse, atitudes defensivas, temor a perdas e a inveja de quem está ganhando muito dinheiro têm o poder de destruir fortunas.
  • 8. Fique atento a taxas

    8 /10(Scott Eells/Bloomberg)

    O investidor americano John Clifton "Jack" Bogle, fundador do grupo financeiro Vanguard, defende a simplicidade nas aplicações financeiras para investidores individuais de perfil conservador e, principalmente, a redução de gastos com taxas, que costumam afetar rendimentos de aplicações passivas, que acompanham índices de mercado e oferecem menor risco.
  • 9. Seja discreto ao investir

    9 /10(Chris Hondros/Getty Images)

    Sempre no topo da lista de mais ricos do mundo, o empresário mexicano Carlos Slim é discreto ao investir. Tem uma carteira de aplicações variada, mas não entra em detalhes sobre onde aloca seus recursos, pois tem consciência de sua influência. Slim tem a cautela de não induzir investidores a apostarem em seus alvos para evitar uma redução em sua margem de ganhos caso os investimentos se valorizem de forma artificial após muitos aplicadores passarem a investir. Por conta da grande quantidade de dinheiro que aplica no mercado financeiro e em empresas, Slim apenas anuncia quando deixa de investir ou migra recursos aplicados quando é obrigado por lei.
  • 10. Agora, veja os livros que podem ajudar a investir melhor

    10 /10(4FR/Getty Images)

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