Onde estão os imóveis novos mais caros de SP
Quem decide comprar um imóvel nas zonas sul e oeste têm de tirar mais dinheiro do bolso; veja as ruas mais caras
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2012 às 18h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h37.
- 1. Avenida de Moema tem o metro quadrado mais caro
1 /6(Google Street View)
O mercado imobiliário paulistano passou recentemente por um processo de correção raramente visto na história. Segundo a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), o valor médio dos apartamentos novos de um dormitório na cidade saltou de 146.200 reais para 298.500 reais nos últimos dois anos - uma alta de 104,4%. Apartamentos de outros tipos também subiram, e fazer prognósticos sobre o futuro dos preços é complicado. Ainda que muitos especialistas acreditem que os imóveis já estão caros, haverá espaço para novas valorizações se a economia brasileira, o crédito e a massa salarial continuarem a crescer. Nas próximas páginas, EXAME.com apresenta as ruas de cada uma das cinco regiões da capital onde foram observados os maiores preços em lançamentos de imóveis residenciais nos dez primeiros meses de 2010. Segundo pesquisa do Secovi (o sindicato das imobiliárias), feita a partir de números coletados pela Embraesp, o maior preço médio da cidade foi observado em lançamentos na avenida Chibarás (a foto ao lado é de um prédio em construção no local), em Moema, onde o metro quadrado de apartamentos sai por nada menos do que 11.760 reais.
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As três ruas que concentram os lançamentos de imóveis mais caros de São Paulo estão próximas ao parque do Ibirapuera, a principal área verde da região central da cidade. O metro quadrado mais caro pode ser encontrado na avenida Chibarás, em Moema, e sai em média por 11.760 reais. Na rua Sampaio Viana, no Paraíso, um imóvel custa 10.145 reais o metro. Já na rua Hermano Ribeiro da Silva o preço alcança 11.109 reais. Um exemplo de imóvel caro nessa rua é o Marquise Ibirapuera (a foto ao lado é da cobertura), empreendimento lançado pelas incorporadoras Yuny e a R. Yazbek e à venda na Lopes. Os apartamentos de altíssimo padrão são verdadeiras mansões suspensas. Cada um ocupa totalmente um andar e possui quatro suítes, 407 a 891 metros quadrados de área construída e cinco a sete vagas de garagem. As unidades que ainda não foram vendidas não saem por menos de 4,910 milhões de reais (ou mais de 12.000 reais o metro).
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A região que vai da avenida Faria Lima até as proximidades do parque do Ibirapuera concentra as ruas mais caras da zona oeste da cidade. No ano passado, os imóveis novos mais valorizados foram lançados na rua São Tomé, no coração da Vila Olímpia, e saíram em média por 11.398 reais o metro. O local atrai principalmente executivos que trabalham na região e não têm outra forma de fugir do trânsito que não seja com a compra de um imóvel próximo ao escritório. Outra rua valorizada é a Benedito Lapin, onde o metro sai em média por 10.716 reais. A incorporadora JHSF lançou o edifício Benedito Lapin (a imagem ao lado é do lounge do prédio), que deve ficar pronto só em 2013. À venda na Coelho da Fonseca, os apartamentos mais baratos, de 123 metros quadrados, do sétimo andar para baixo, saem por 1,36 milhão de reais. Fora do eixo Vila Nova Conceição-Vila Olímpia-Itaim, a rua Fradique Coutinho, na Vila Madalena-Pinheiros, também se destacou entre as mais caras da zona oeste. Um imóvel novo lá custa em média 10.053 reais o metro. A região atrai principalmente o público boêmio e jovem que frequenta a Vila Madalena, mas sofreu forte valorização com a expectativa de inauguração da estação Fradique Coutinho da linha Amarela do metrô.
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Apesar dos esforços governamentais para recuperar o degradado Centro de São Paulo, ainda não há tanta gente disposta a viver nessa região como nas proximidades da avenida Paulista. Não é à toa que a mais conhecida via da cidade seja também a região do Centro onde se concentram os imóveis mais valorizados. A rua mais cara é a Cincinato Braga, onde o metro quadrado sai em média por 8.799 reais. Paralela à avenida Paulista, a rua conta com excelente infraestrutura de transporte e fica próxima ao shopping Paulista e aos hospitais Santa Catarina e Oswaldo Cruz. Bem próxima está a rua Artur Prado, onde o metro quadrado custa 8.407 reais. Na outra ponta da avenida Paulista, a rua Bela Cintra é a terceira mais cara do Centro em matéria de lançamentos imobiliários. Com um metro quadrado de 8.211 reais, a rua é disputada por um público mais jovem por concentrar alguns dos bares e restaurantes mais conhecidos da cidade. Entre os empreendimentos imobiliários mais recentes, está o Bela Cintra (foto), da incorporadora Even. Os apartamentos mais em conta à venda são de 77 metros quadrados, dois dormitórios e uma vaga de garagem. Não saem por menos de 640.000 reais - ainda que o empreendimento esteja localizado na parte da rua Bela Cintra mais próxima ao centro da cidade - menos nobre que o bairro dos Jardins.
5 /6(VIAGEM E TURISMO)
Junto à zona sul, a zona leste é conhecida por abrigar grandes bolsões de mão de obra para as empresas instaladas em São Paulo. Mas se engana quem acha que a região não possui áreas de altíssimos poder aquisitivo, como, por exemplo, o Jardim Anália Franco. Desde a inauguração de um shopping homônimo (foto) há pouco mais de dez anos, o bairro passou por um intenso processo de verticalização, com o lançamento de dezenas de empreendimentos residenciais de luxo. O metro quadrado mais caro e o terceiro mais caro da zona leste estão nas proximidades do shopping e do parque esportivo do Trabalhador. Na rua Americana, um imóvel sai em média por 8.751 reais o metro. Já na rua Alonso Calhamares, custa 6.778 reais. É nessa rua que a Abyara colocou à venda o Concept, empreendimento onde é possível comprar apartamentos de 76 metros quadrados a partir de 525.100 reais. Outro bairro que concentra bons lançamentos imobiliários na zona leste é a Mooca. Na praza Visconde de Sousa Fontes, próxima à avenida Paes de Barros, o metro quadrado sai em média por 7.683 reais, o segundo maior valor da zona leste.
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Por estar mais distante da maioria das empresas que pagam os maiores salários na cidade, a zona norte não passou por um processo de especulação imobiliária tão feroz nos últimos anos. Os preços mais altos estão concentrados no bairro de Santana, principalmente nas imediações do Santana Parque Shopping. Esse é o caso da avenida do Guacá, onde o metro quadrado sai em média por 5.684 reais, e da rua Santo Egídio, onde o custo é de 5.175 reais. À venda na Lopes, o Near Parque Santana (a imagem ao lado é do projeto do terraço gourmet), na avenida do Guacá, inclui apartamentos de 122 metros quadrados, quatro dormitórios e duas vagas que saem por 577.000 a 612.100 reais - dependendo do andar. Outra área valorizada da zona norte é a avenida Alberto Byington, na Vila Maria, onde o metro custa em média 5.199 reais.
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