Nubank revela hábitos financeiros dos brasileiros no delivery
Brasileiros com o cartão de crédito do banco digital utilizam esse meio de pagamento de forma disseminada, enquanto o débito é popular entre os millenials
Marcelo Sakate
Publicado em 15 de dezembro de 2020 às 14h38.
Última atualização em 15 de dezembro de 2020 às 17h34.
A pandemia acelerou o uso e a frequência do delivery durante a pandemia, como atestam números dos maiores players do setor, como iFood, Rappi e Uber Eats. Mas quanto o brasileiro gasta em média por compra? E quais os meios de pagamento mais utilizados? São respostas que uma pesquisa recém-concluída pelo Nubank acaba de trazer, com divulgação em primeira mão pela EXAME Invest .
O uso de cartão de crédito se mostra mais disseminado do que se poderia esperar: 99,8% dos usuários que possuem a função escolhem esse meio de pagamento no delivery, não deixando praticamente espaço para vale-alimentação, cartão de débito ou dinheiro em espécie. As informações são do Data Nubank, a divisão de dados do banco digital.
Clientes que possuem cartão do Nubank com funções de crédito e débito realizaram cerca de três pedidos ao mês com gasto médio de 41,61 reais por entrega. Segundo o banco digital, 81% dos pagamentos no crédito foram realizados por millennials, pessoas com 18 a 35 anos. Quatro em cada dez (43%) consumidores têm renda até 2.000 reais.
Por outro lado, nem todos os clientes optam ou possuem a função de crédito habilitada. Para os que utilizam o cartão de débito no pagamento do delivery, há um forte predomínio de pessoas com idade entre 18 e 35 anos.
Os dados do Nubank, que é o maior banco digital da América Latina com uma base aproximada de 30 milhões de clientes, revelam ainda como as recomendações de isolamento social estão sendo cada vez menos atendidas pela população. Das compras em supermercados com cartão de crédito, cerca de 98% delas foram realizadas de forma presencial, e não por meio de aplicativos.
Foram cerca de 3,5 compras no mês, com gasto médio de 46,25 reais. É um ticket médio relativamente baixo, que sinaliza que os brasileiros não só voltaram a comprar presencialmente como o fazem com frequência quase semanal, em detrimento do padrão do início da pandemia, quando evitavam ir tantas vezes ao supermercado.
Esse comportamento mais preventivo foi observado, por outro lado, justamente por quem preferiu fazer as compras do supermercado de casa. A média mensal foi de 1,4 pedido, com desembolso médio de 192,29 reais.