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Maior fundo imobiliário brasileiro fica mais rentável

O BC Fund vai elevar em 25% a distribuição de aluguéis aos quotistas; da última vez em que isso aconteceu, o valor das quotas disparou na bolsa

Torre Almirante, no Rio: imóvel que pertence ao BC Fund (AGÊNCIA ESTADO)

Torre Almirante, no Rio: imóvel que pertence ao BC Fund (AGÊNCIA ESTADO)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 19h37.

São Paulo – O Brazilian Capital Real Estate Fund (BRCR11B), maior fundo imobiliário brasileiro com quotas negociadas em bolsa, vai elevar em 25% a distribuição mensal de aluguéis aos seus investidores. Da última vez em que isso aconteceu, em 29 de julho, as quotas do fundo tiveram uma valorização de cerca de 20% na BM&FBovespa no mês seguinte.

O BC Fund chegou à bolsa em dezembro de 2010 com uma política de crescimento acelerado e baixa distribuição de dividendos. Ao invés de repartir todos os aluguéis recebidos dos inquilinos com os quotistas, o fundo guardava parte do dinheiro para fazer caixa e comprar outros imóveis.

Há um ano, cada quota do BC Fund valia 100 reais e garantia ao investidor um retorno de 0,50 real ao mês. Em julho, a distribuição de aluguéis subiu para 0,67 real. O fundo, entretanto, continuou a ser visto com certo ceticismo pelos investidores porque mantinha em caixa boa parte dos aluguéis.

Com a nova elevação, que ainda deve ser ratificada em assembleia de quotistas em 20 de dezembro, a distribuição subirá para 0,83 real por quota e garantirá ao investidor um retorno em linha com o resto da indústria.

Inicialmente, o fundo prometia chegar a esse nível de distribuição apenas em 2014. A antecipação aconteceu devido ao sucesso em reduzir a vacância dos imóveis do portfólio e aos reajustes obtidos após a renegociação de diversos contratos de locação. “A receita bruta de locação dos fundos cresceu 30% nos 11 primeiros meses deste ano”, diz Adriano Mantesso, responsável pelo BC Fund. “Nossas receitas mensais com aluguel já alcançam 14,3 milhões de reais.”


O BC Fund possui 13 imóveis locados para dezenas de inquilinos e tem um patrimônio imobiliário avaliado em cerca de 2 bilhões de reais pela consultoria imobiliária Colliers. Entre os principais imóveis do portfólio estão o Eldorado Business Tower (ao lado do shopping Eldorado, em São Paulo), a Torre Almirante (no centro do Rio de Janeiro) e o Brazilian Financial Center (na avenida Paulista) – clique aqui e saiba mais sobre o fundo.

Mesmo com a distribuição de dividendos maiores, o fundo promete manter a gestão ativa e a compra de novos ativos para engordar seu patrimônio imobiliário. O caixa atual alcança 70 milhões de reais. Mesmo a partir de janeiro de 2012, quando aumentará a distribuição dos aluguéis, o fundo espera conseguir reter a cada mês parte dos recursos para futuras aquisições.

A legislação brasileira garante às pessoas físicas que investem em fundos imobiliários a isenção de Imposto de Renda sobre os aluguéis distribuídos. Já os proprietários de um imóvel podem ter de pagar até 27,5% dos aluguéis à Receita Federal a título de Imposto de Renda.

Os investidores interessados devem notar que os fundos imobiliários têm um componente de renda fixa e outro de renda variável. Essas aplicações distribuem aluguéis mensais, que geralmente conseguem garantir aos investidores um retorno fixo próximo a 10% ou 11% ao ano.

O componente de renda variável é a possível valorização do patrimônio. Nos últimos anos, o Brasil passou por um impressionante boom imobiliário que multiplicou o valor das propriedades por percentuais bem superiores aos da inflação. Esse movimento foi bastante favorável a quem investe em fundos imobiliários. O retorno médio dos fundos foi o maior entre todas as aplicações financeiras brasileiras desde 2005 (clique aqui e veja).

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