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Fundos de private equity rendem 17% ao ano

Segundo estudo da FGV, fundos que investem em empresas de capital fechado tiveram uma rentabilidade média de 17,1% ao ano entre 2010 e 2012

Investimentos: private equities são fundos que compram participações em empresas fechadas e procuram melhorar sua gestão (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 15h50.

São Paulo - Estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo mostra que os fundos de private equity , que investem em empresas de capital fechado, tiveram uma rentabilidade média de 17,1% ao ano entre os anos de 2010 e 2012.

O estudo, feito pelo Centro de Estudos de Private Equity e Venture Capital (GVcepe) e pelo escritório Pinheiro Neto Advogados, levou em conta 214 fundos com mais de 12 meses de existência, explica Marcelo Medeiros, professor da PUC do Rio.

Os retornos, segundo o estudo, variaram entre a máxima de 188,7% ao ano e a mínima de -56% ao ano.

Os dados fazem parte do relatório “Overview of the private equity & Venture Capital Ecosystem in Brazil 2010-2012” (Uma visão geral do ecossistema de private equity e venture capital no Brasil 2010-2012).

Os private equities são fundos que compram participações em empresas fechadas e procuram melhorar sua gestão e sua estratégia, aumentando sua eficiência e lucratividade para que cresçam e depois sejam vendidas para outras companhias ou abram seu capital em bolsa.

Caso as empresas sejam de pequeno porte ou comecem do zero, o investimento é chamado de venture capital.

Descontando fatores de risco como inflação, rentabilidade do setor e custo de oportunidade, o retorno médio dos private equity cai para 4% ao ano, afirma Medeiros. Ele destaca a dificuldade em avaliar o desempenho desses fundos.

“Nem todos os gestores informam o valor atualizado das empresas, apenas o investimento original, sem marcação a mercado, como ocorre num fundo de ações de empresas abertas”, explica.

A fonte usada para a pesquisa de rentabilidade foi o banco de dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para quem os fundos de private equity precisam informar os valores de seus ativos, mas sem a obrigação de atualizá-los.

O estudo mostra também que, em 86% das operações de venda dos investimentos feitos , o retorno obtido pelos fundos foi equivalente a 3,4 vezes o valor investido.

Nos 14% restantes, o ganho foi de 2,4 vezes, o que mostra o potencial de lucro do negócio.

“Essas taxas são iguais ou quase duas vezes superiores aos melhores retornos dos fundos nos Estados Unidos e no resto do mundo em períodos recentes, de 2005 a 2012”, afirma Cláudio Furtado, diretor do GVcepe.

Já o sócio do escritório Pinheiro Neto Advogados, Henry Sztutman, avalia que ainda há um margem expressiva para expansão da atividade de private equity e venture capital no Brasil.

Os números de rentabilidade média mostram que os fundos de private equity, pelo menos na grande média, não trouxeram um retorno tão atrativo, afirma José Carlos Magalhães, sócio e um dos fundadores da Tarpon Investimentos, empresa com R$ 10 bilhões em investimentos via fundos em companhias como Brasil Foods.

“Um retorno de 17%, descontando a inflação de 6%, vai dar 12% a 13% líquidos ao ano, pouco mais que o CDI, de 11,25% ao ano hoje”, diz.

Ele vê como um desafio melhorar esse desempenho nos próximos 3 anos para atrair mais investidores e mais investimentos para o país.

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O estudo, feito pelo Centro de Estudos de Private Equity e Venture Capital (GVcepe) e pelo escritório Pinheiro Neto Advogados, levou em conta 214 fundos com mais de 12 meses de existência, explica Marcelo Medeiros, professor da PUC do Rio.

Os retornos, segundo o estudo, variaram entre a máxima de 188,7% ao ano e a mínima de -56% ao ano.

Os dados fazem parte do relatório “Overview of the private equity & Venture Capital Ecosystem in Brazil 2010-2012” (Uma visão geral do ecossistema de private equity e venture capital no Brasil 2010-2012).

Os private equities são fundos que compram participações em empresas fechadas e procuram melhorar sua gestão e sua estratégia, aumentando sua eficiência e lucratividade para que cresçam e depois sejam vendidas para outras companhias ou abram seu capital em bolsa.

Caso as empresas sejam de pequeno porte ou comecem do zero, o investimento é chamado de venture capital.

Descontando fatores de risco como inflação, rentabilidade do setor e custo de oportunidade, o retorno médio dos private equity cai para 4% ao ano, afirma Medeiros. Ele destaca a dificuldade em avaliar o desempenho desses fundos.

“Nem todos os gestores informam o valor atualizado das empresas, apenas o investimento original, sem marcação a mercado, como ocorre num fundo de ações de empresas abertas”, explica.

A fonte usada para a pesquisa de rentabilidade foi o banco de dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para quem os fundos de private equity precisam informar os valores de seus ativos, mas sem a obrigação de atualizá-los.

O estudo mostra também que, em 86% das operações de venda dos investimentos feitos , o retorno obtido pelos fundos foi equivalente a 3,4 vezes o valor investido.

Nos 14% restantes, o ganho foi de 2,4 vezes, o que mostra o potencial de lucro do negócio.

“Essas taxas são iguais ou quase duas vezes superiores aos melhores retornos dos fundos nos Estados Unidos e no resto do mundo em períodos recentes, de 2005 a 2012”, afirma Cláudio Furtado, diretor do GVcepe.

Já o sócio do escritório Pinheiro Neto Advogados, Henry Sztutman, avalia que ainda há um margem expressiva para expansão da atividade de private equity e venture capital no Brasil.

Os números de rentabilidade média mostram que os fundos de private equity, pelo menos na grande média, não trouxeram um retorno tão atrativo, afirma José Carlos Magalhães, sócio e um dos fundadores da Tarpon Investimentos, empresa com R$ 10 bilhões em investimentos via fundos em companhias como Brasil Foods.

“Um retorno de 17%, descontando a inflação de 6%, vai dar 12% a 13% líquidos ao ano, pouco mais que o CDI, de 11,25% ao ano hoje”, diz.

Ele vê como um desafio melhorar esse desempenho nos próximos 3 anos para atrair mais investidores e mais investimentos para o país.

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