Ferramenta analisa se carteira do pequeno investidor é diversa e rentável
O check-up gratuito será lançado em 30 de maio pela gestora Magnetis. A ferramenta online poderá ser usada por investidores que não são clientes da casa
Natália Flach
Publicado em 5 de maio de 2020 às 17h41.
Nunca foi tão importante ter uma carteira de investimentos diversificada quanto na atual conjuntura. A alta de uma classe de ativos pode compensar a queda de outra, como o ouro que acumula valorização de 10% no ano frente ao recuo de 32% do Ibovespa. Mas não apenas. É possível fazer balanceamento do portfólio usando fundos de investimento. Para ajudar nessa tarefa, a gestora digital Magnetis vai lançar no dia 30 de maio uma ferramenta gratuita de análise de investimentos.
Funcionará da seguinte forma: o investidor - cliente da casa ou não - responde algumas perguntas sobre seu perfil e sobre suas alocações em fundos. Em poucos minutos, a ferramenta dá um diagnósticoimparciale diz se o risco está adequado ao perfil, se a carteira está verdadeiramente diversificada e se existem fundos mais baratos no mercado que investem nos mesmos ativos.
"Isso vai ajudar muita gente que acha que está protegido, e não está e que está pagando um preço desnecessariamente alto", afirma Luciano Tavares, fundador e presidente da Magnetis, em entrevista exclusiva à EXAME. "A ferramenta também pode responder se é possível melhorar a rentabilidade."
Essa análise pode ajudar principalmente quem investe em fundos multimercados. Por mais que eles possam alocar recursos em diversos ativos, a estratégia utilizada pelos gestores muitas vezes é a mesma. Então, se a bolsa cai, a maior parte deles cai. Daí a importância de conhecer a tese de cada um. A dica para o investidor, nesse caso, é ler as cartas dos gestores, pois lá eles costumam descrever seus passos.
Mas em cenários de pânico - como o que se viu em março - até ativos tidos como conservadores, como ouro, chegaram a cair. Por isso, a Magnetis decidiu adicionar um mecanismo de proteção aos fundos mais agressivos geridos pela casa. "Os clientes não vão pagar nada a mais pela opção de venda (put), é só um 'upgrade' das carteiras."
Antes mesmo da put ser inserida nos portfólios, o desempenho das carteiras da gestora se destacam em meio à turbulência do mercado. A carteira mais conservadora teve rentabilidade nula como pior resultado em 2020, enquanto a moderada chegou a cair 8,67% e a mais arrojada recuou 18,16%. Para se ter ideia, o Ibovespa chegou a despencar 45,18% no ano.
A remuneração da casa, que tem 400 milhões de reais sob gestão, vem de um percentual do patrimônio de cada investidor. Em média, o custo é de 0,6% por ano, então, se o valor investido é de 100.000 reais, a taxa anual é de 600 reais. "Não cobramos taxa de performance e devolvemos o rebate, como cashback."