Os fundos de previdência privada encerraram 2006 com um recorde de captação - 22,9 bilhões de reais. A cifra é 17,69% maior que a do ano retrasado, quando a expansão foi de apenas 3,9%, prejudicada pela demora do governo em aprovar as novas regras de tributação dos planos.

Segundo a Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp), que reúne 44 empresas do setor, os resultados foram favorecidos pelas vendas de planos do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), indicados para pessoas que não precisam declarar imposto de renda ou o fazem pelo formulário simplificado. O VGBL respondeu por 67,41% do total captado em 2006. O volume, 15,432 bilhões de reais, representou um aumento de 32,69% sobre o ano anterior.

Já os contratos do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) mantiveram-se estáveis, com captação de 4,555 bilhões de reais. A cifra é apenas 0,18% superior à de 2005. De acordo com o presidente da Anapp, Osvaldo do Nascimento, o desempenho mostra a migração dos planos tradicionais para outros produtos.

Menores

Para Nascimento, um destaque foi a consolidação do mercado de previdência privada para menores de idade. Em 2006, esse grupo representou 1,159 bilhão de reais arrecadados, um crescimento de 39,23% sobre os 832 milhões registrados em 2005.

Segundo o presidente da Anapp, os números mostram que os planos privados estão surgindo como alternativa para acumular poupança de longo prazo.

Carteira

A carteira do setor cresceu 25,32% e atingiu 102 bilhões de reais no ano passado. A cifra inclui as reservas técnicas, as reservas livres, o capital das seguradoras e outros recursos. O VGBL representou 41,5 bilhões de reais, e o PGBL, 27,6 bilhões.

Houve uma queda de 38,10% no número de beneficiários do sistema privado de previdência no ano passado, para 201.330 pessoas. Os planos individuais somaram 7,844 milhões de contratos, com alta de 6,6% sobre 2005. Já os planos corporativos atingiram 162.689 contratos, um incremento de 10,01%.