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Bradesco também avalia pagamento à vista a poupadores por planos

A ideia do banco é efetuar, a despeito do cronograma estabelecido no acordo, o pagamento à vista e não por meio de uma linha de crédito

Bradesco: assim como Banco do Brasil, instituição também considera pagamento à vista (Paulo Whitaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de maio de 2018 às 17h54.

Última atualização em 22 de maio de 2018 às 18h20.

São Paulo - Além do Banco do Brasil, que anunciou nesta terça-feira, 22, que avalia a possibilidade de formas de antecipar o pagamento aos poupadores pelas perdas com planos econômicos das décadas de 1980 e 1990, o Bradesco informou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo ESTado, que também cogita o mesmo.

A ideia do banco é efetuar, a despeito do cronograma estabelecido no acordo, o pagamento à vista e não por meio de uma linha de crédito.

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O Itaú Unibanco foi o primeiro grande banco a anunciar a medida, em março, para correntistas do banco que se enquadrassem nos critérios estabelecidos.

Já o Santander Brasil informou na segunda-feira, dia 21, que fará a antecipação dos valores devidos aos poupadores, mas por meio de uma linha de crédito nos moldes das que os bancos oferecem para antecipação do 13º salário ou do Imposto de Renda, com custo de 1,49% ao mês.

Os bancos privados não abrem as provisões que possuem para planos econômicos. Tanto Itaú quanto Bradesco informam, em seu formulário de referência, que o colchão para demandas cíveis, que incluem as futuras indenizações, é superior a R$ 5 bilhões.

Já o Santander contava, ao final de dezembro último com R$ 2,5 bilhões em provável risco de perda decorrente de passivos do contencioso cível. Conforme o banco explica em seu formulário de referência, esse valor está provisionado e o possível risco de perda relacionado a passivos decorrentes do contencioso cível totalizava R$ 1,3 bilhão.

De acordo com o presidente do BB, Paulo Caffarelli, o banco avalia formas de antecipar o pagamento aos poupadores e pode recorrer a ofertas de linhas de crédito assim como o Santander.

O banco estatal conta com R$ 4,5 bilhões em provisões para fazer frente ao pagamento aos poupadores. Cálculos feitos pelo JPMorgan, no passado, indicavam que o fator devido à instituição ficaria entre R$ 2,2 bilhões e R$ 3,3 bilhões.

Já a Caixa Econômica Federal informou que 222 mil poupadores podem fazer a adesão junto ao banco público, num valor total de R$ 1,2 bilhão. Segundo a instituição, mais da metade vai receber até R$ 5 mil, patamar em que todos recebem os recursos de uma só vez. Ao final de dezembro, a Caixa somava cerca de R$ 1,5 bilhão para fazer frente às indenizações por conta dos planos econômicos.

Para valores entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, a indenização pode ser feita em uma parcela à vista e duas semestrais. Já acima dos R$ 10 mil, serão pagas uma parcela à vista e quatro semestrais.

Fechado em dezembro do ano passado entre bancos e representantes de poupadores, o acordo sobre as perdas foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no início deste ano. Mais cedo, evento em Brasília, no Palácio do Planalto, marcou o lançamento da plataforma que vai viabilizar a adesão dos poupadores ao acordo com os bancos para que seja feita a indenização das perdas ocorridas com os planos econômicos das décadas de 1980 e 1990.

A expectativa do governo é que o pagamento injete entre R$ 11 bilhões e R$ 12 bilhões na economia brasileira para um total de 3 milhões de pessoas.

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