A Bolsa de Valores de São Paulo lançou nesta quarta-feira o IBX-50 (Índice Brasil-50) que começa a operar dia 2 de janeiro e vai reunir as 50 ações mais negociadas entre as empresas de maior valor de mercado.

Diferente do Ibovespa, que reúne 56 ações de maior liquidez da bolsa paulista, sem considerar o tamanho da empresa, o IBX-50 levará em consideração o valor de mercado das companhias e reproduzirá mais fielmente o desempenho da economia brasileira, segundo avaliação da Bovespa.

"Nossa expectativa é de que o IBX-50 atraia os investidores de longo prazo e institucionais, enquanto o Ibovespa concentrará a atenção dos bancos e dos investidores de giro rápido", diz Ricardo Pinto Nogueira, superintendente de Operações da Bolsa.

A Bovespa espera que o IBX-50 sirva de base para o lançamento de produtos derivativos: futuros e opções sobre o índice. O IBX-50 será calculado em tempo real ao longo do pregão, considerando os preços dos últimos negócios do mercado à vista. A carteira terá vigência de quatro meses nos períodos de janeiro-abril, maio-agosto e setembro-dezembro.

Para participar do IBX-50, as ações devem obedecer a dois critérios: estarem entre as 50 ações de maior negociação nos doze meses anteriores e terem sido negociadas pelo menos 80% dos pregões no mesmo período.

Uma ação será excluída do índice quando deixar de atender a um dos critérios de inclusão ou se, no período de vigência da carteira, a empresa entrar com pedido de concordata ou falência.

O IBX-50 será o sétimo índice da Bovespa, que já calcula o Ibovespa (Índice Bovespa), o IBX (Índice Brasil), o IGC (Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada), o IEE (Índice de Energia Elétrica) e o ITEL (Índice Setorial de Telecomunicações).