Após o fechamento do mercado na terça-feira (17/11), a ALL informou os números finais de sua emissão privada de debêntures conversíveis. O montante atingiu 1,29 bilhão de reais dos 1,3 bilhão possíveis. Os controladores da companhia subscreveram 39,9% das debêntures, que devem ser convertidas em ações ordinárias, de modo que eles passaram a deter 57,2% do capital votante contra 51,2% antes da emissão.

Dessa forma, o novo capital social da ALL passa a ser de 3,4 bilhões, divididos em 1,2 bilhão de ações ordinárias e 2,1 bilhões de ações preferenciais, sendo que uma unit da ALL (ALLL11) engloba quatro ações preferenciais e uma ordinária. Segundo os analistas da corretora Brascan, com a operação, a dívida líquida da empresa cai de 5,7 para 4,4 bilhões de reais.

Para a corretora, a emissão será positiva para o longo prazo da empresa, em primeiro lugar, porque pode ser vista como um forte sinal de que o grupo controlador da ALL acredita na geração de valor para a companhia. Além disso, a emissão melhora a alavancagem financeira da empresa, e dá a possibilidade de entrada em novos projetos que agreguem valor. Caso não haja bons projetos, a utilização do capital levantado para pagamento das dívidas mais caras geraria melhoria nos lucros da ALL.

Finalmente, para os analistas, a operação é uma sinalização de boa governança corporativa e de possível intenção de migrar para o Novo Mercado da Bovespa. A corretora mantém sua recomendação de compra para os papéis da ALL, com preço-alvo de 17,74 reais por ação para dezembro.

Às 15h39, as ações da ALL operavam em queda de 1,72%, sendo negociadas a 15,41 reais. O Ibovespa registrava alta de 0,19%, aos 67.556 pontos.