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8 motivos que o obrigam a andar com dinheiro no bolso

Veja as situações em que você pode se dar mal se não estiver levando dinheiro em espécie


	Notas de real em uma bolsa: No transporte público raramente é aceito o pagamento com cartões
 (Stock.xchng)

Notas de real em uma bolsa: No transporte público raramente é aceito o pagamento com cartões (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 17h13.

São Paulo – Atualmente, os meios de pagamento eletrônicos representam 50% do volume financeiro gasto por mês pelo brasileiro, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Nesse contexto, uma reportagem sobre a importância de se ter dinheiro em espécie na carteira poderia parecer um pouco antiquada (na Suécia, até os sem-teto já aceitam cartões), não fosse o fato de ainda existirem diversas situações em que você pode ficar na mão se estiver apenas carregando o plástico.

Segundo o levantamento da Abecs, divulgado nesta semana, a fatia de pagamentos com dinheiro passou de 43% para 37% de 2011 para 2013. Ainda que a redução seja relevante, o dado mostra que as cédulas de dinheiro ainda estão bastante presentes entre nós. 

Entre as explicações para isso podem estar as taxas do aluguel das máquinas de passar cartões, a comissão sobre o valor de uma venda e a demora para receber o dinheiro do pagamento realizado no crédito, questões que levam o pequeno empresário a achar o meio de pagamento desvantajoso, ainda que os clientes possam pensar o contrário. 

Confira a seguir por que você ainda não está livre de ir até o caixa automático e deixar um dinheirinho no bolso.

1 O sistema do seu banco pode ficar indisponível 

De tempos em tempos, os sistemas bancários podem ficar indisponíveis em virtude de alguma manutenção, impossibilitando o uso de cartões de débito ou de crédito. Basta digitar “cartão indisponível” no campo de buscas do Google para notar.

Em alguns casos, isso é previsto e é avisado aos clientes, como fez recentemente a Caixa. Mas em outros o cliente pode não ser avisado e descobrir só na hora de passar o cartão. Nesse caso, ter algumas notas na carteira pode evitar que você passe por algum tipo de estresse.

De qualquer forma, segundo a Proteste, se o seu cartão não passar por alguma falha do banco, o estabelecimento deve aceitar alternativas, como ficar com algum documento seu enquanto você sai da loja para sacar dinheiro e não deve em hipótese alguma constranger o consumidor, sob pena de ser indiciado judicialmente depois. 

2 Para pagar os táxis que ainda não aceitam cartão em situações urgentes

Aplicativos como o Easy Taxi e o Taxibeat, que permitem localizar taxistas na sua região que aceitem cartões, ou aplicativos como o PagCom, que permite a transferência de valores via celular, têm facilitado cada vez mais a vida de quem sempre se esquece de andar com dinheiro no bolso. Mas, ainda assim, muitos taxistas aceitam apenas as cédulas como pagamento, sobretudo aqueles que não fazem parte de cooperativas. Por isso, em uma situação de urgência em que você precise entrar no primeiro táxi que vir na rua, ter dinheiro na carteira pode ser providencial.


3 Você pode controlar melhor os gastos

Uma tática recomendada por alguns consultores financeiros para reduzir gastos é deixar os cartões de lado e passar a fazer os pagamentos em epécie. 

De acordo com Tatiana Filomensky, coordenadora do atendimento de pacientes com Compras Compulsivas do Ambulatório dos Transtornos do Impulso do Instituto de Psiquiatria da USP, o primeiro passo para qualquer pessoa que deseja controlar melhor seus gastos é a redução do acesso ao crédito. Ela orienta que seja elaborada uma planilha que permita verificar as despesas fixas e quanto sobra por semana para as despesas variáveis. Definido isso, a pessoa deve sacar a quantia que pode ser usada para os gastos variáveis naquela semana e passar a usar apenas esse dinheiro para arcar com seus gastos diários, sem recorrer aos cartões. 

“A primeira dica para quem quer diminuir os gastos é reduzir o acesso ao crédito e sacar a quantidade de dinheiro que pode ser usado para passar semana. Isso permite que o orçamento semanal não seja extrapolado e que a pessoa mapeie onde ela gasta muito para poder refletir o que é mais importante para ela, se é tomar cafezinho duas vezes por dia ou gastar seu dinheiro para pagar um táxi, por exemplo”, afirma Tatiana. 

Vale ressaltar, no entanto, que para algumas pessoas mais dinheiro na carteira pode ser sinônimo de maior fluidez de caixa. Por isso, para que a estratégia dê certo é essencial que você estipule que a quantia sacada é tudo o que você vai gastar na semana e nada mais.  

4 Restaurantes tradicionais

Não raro, alguns restaurantes mais tradicionais - e que têm moral para isso - ainda hoje aceitam apenas o pagamento em dinheiro. Um dos exemplos é o Sujinho, em São Paulo, que tem uma das bistecas mais famosas da cidade. Até hoje o estabelecimento não aceita o pagamento com cartão, alegando que é por causa dos custos. Em seu cardápio, o estabelecimento deixa claro que, caso disponibilizasse o pagamento em cartão, os custos seriam repassados aos clientes.

5 Comidinhas

Barraquinhas de milho verde, água de coco no parque, biju no semáforo, caipirinhas na praia, salgadinhos no estádio e até a pipoca em alguns cinemas de rua são alguns dentre os inúmeros exemplos de comidinhas que vão deixá-lo passando vontade se você estiver apenas com o seu cartão. Ainda que hoje até mesmo alguns pasteleiros na feira e carrinhos de cachorro-quente já aceitem o pagamento em cartão, você não está livre de ficar na mão se não tiver alguns trocados quando a fome apertar.

6 Passagens de ônibus

Sem um passe ou cartão de transportes, para utilizar o transporte coletivo de ônibus suas alternativas são o pagamento em dinheiro e... em dinheiro. Apesar de alguns sinais de modernização nos meios de pagamento do transporte público, como no Rio de Janeiro, que tem feito testes de pagamento via celular nos ônibus, em muitas cidades o pagamento sem passe, bilhete eletrônico ou dinheiro ainda parece muito distante. 


7 Estações de metrô e trem

Apesar de algumas estações permitirem o carregamento de bilhetes eletrônicos com os plásticos, no Rio de Janeiro e em São Paulo, que possuem as mais movimentadas redes de metrô do país, não é aceita a compra de passagens avulsas com os plásticos. Caso você não tenha o bilhete para recarregá-lo com o cartão de crédito ou de débito, portanto, o dinheiro será a única opção.

E em muitas estações o débito e o crédito não podem ser usados nem para inserir créditos nos bilhetes, restando ao passageiro sentar e chorar, ou dar um jeito de encontrar um caixa automático por perto. Nas estações de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de São Paulo, por exemplo, não é aceito o pagamento com cartões de débito ou crédito e, segundo a assessoria de imprensa da companhia, não há ainda nenhum projeto em vista para implementação desse meio de pagamento. 

8 Estacionamentos

Não só os preços dos estacionamentos costumam incomodar profundamente os clientes, mas também suas formas pagamento, que podem ser extremamente inflexíveis.

Na avenida Paulista, um dos maiores cartões postais da cidade de São Paulo, o estacionamento Car Cicle Park (ao lado da Fiesp), por exemplo, só aceita pagamento em dinheiro. E a partir das 18h, de segunda a sexta-feira, o pagamento (a um preço único de 18 reais) deve ser feito com as cédulas e antecipadamente, o que significa que você não poderá nem sacar dinheiro para pagar depois. Caso você só esteja com o cartão, você terá o trabalho de devolver a notinha, voltar ao seu carro, sair do estacionamento e procurar outro lugar para deixar seu veículo.

Até mesmo alguns estacionamentos de shopping centers não aceitam pagamento em cartão. O Barra Shopping, um dos mais famosos do Rio de Janeiro, só aceita pagamento em espécie.

Muitos dos estacionamentos não avisam que não aceitam cartões. Em muitos casos, só depois de pegar o cartão para fazer o pagamento o cliente descobre que vai precisar se virar nos 30 para arranjar o dinheiro. 

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