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Vira-vira do Ibovespa: Índice tem 4ª alta em 5 pregões, acompanhando NY

Em sessão volátil, Ibovespa chegou a cair mais de 0,5% na mínima do dia, mas conseguiu virar para positivo com melhora em Wall Street

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 19 de novembro de 2020 às 09h13.

Última atualização em 19 de novembro de 2020 às 18h34.

Em pregão marcado pela volatilidade, o Ibovespa seguiu o movimento de melhora das bolsas americanas e fechou no campo positivo nesta quinta-feira, 19, com alta de0,52% aos 106.669 pontos, depois de ter caído mais de 0,5% na mínima do dia. Essa é a quarta alta do benchmark brasileiro nos últimos cinco pregões. Nos Estados Unidos, as bolsas viraram para alta na parte final da sessão, impulsionadas pela alta das ações de tecnologia nos Estados Unidos.

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Dos papéis que fazem parte do Ibovespa, PetroRio foi o principal destaque positivo, disparando quase de 30%, após comprar participações da BP de dois blocos no pré-sal. A alta das ações da Vale e Petrobras, que têm peso relevante no índice, também contribuíram para o movimento positivo do dia. Com valorização de 1,91%, a mineradora renovou hoje novo recorde histórico de fechamento na Bolsa.

Bolsas americanas viram para alta

O aumento dos casos de coronavírus nos EUA teve um efeito rebote sobre as ações de tecnologia americanas, que se valorizaram ao longo do dia e puxaram a recuperação das principais bolsas do país após um dia de sessão mista.

Oíndice Dow Jones subiu 0,21%, para 29.501 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,39%, para 3.581 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,87%, a 11.904 pontos.

Em Nova York, escolas voltaram a ser fechadas nesta quinta, após a cidade ter sido a primeira entre as maiores do país a reabri-las. O isolamento social também foi reforçado em outras metrópoles americanas, como San Francisco e Chicago. No país, o número de mortes pela doença já supera 250.000.

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Entre as principais moedas emergentes, somente a lira turca apresenta valorização acentuada – o que só está sendo possível graças à forte elevação de juros promovida pelo Banco Central turco. Em decisão desta quinta, o BC local elevou a taxa básica de juros de 10,25% ao ano para 15% ao ano – 13 pontos percentuais acima do praticado no Brasil. Apesar do risco de se investir no país euroasiático, a alto rendimento dos títulos do país tem atraído fluxo de capital para o país, apreciando a moeda local.

Brasil segue instável

No cenário nacional, o mercado enfrenta um conflito interno. “Os resultados das empresas vieram bem positivos no terceiro trimestre, então existe expectativa de retomada de lucro. O problema do outro lado é o temor com a segunda onda de coronavírus no mundo todo e a grande dúvida do lado fiscal, que ainda não foi equacionado e segue segurando a bolsa”, diz Mauro Morelli, sócio da Davos.

Na tarde de hoje, o temor dos investidores nacionais quanto a uma segunda onda de Covid-19 foi acalmado pelo prefeito e candidato à reeleição Bruno Covas, que descartou um novo lockdown na cidade. Na terça-feira, 17, o governo do estado de São Paulo disse que houve um aumento de 18% no número de internações de pessoas com a covid-19 em leitos de enfermaria e de UTI e prorrogou a quarentena até o dia 16 de dezembro.

No quadro fiscal, houve certo alívio com uma fala na noite de ontem do deputado Baleia Rossi (MDB-SP). Auto da PEC que propõem a reforma tributária, Rossi afirmou que a pauta deve ser aprovada no Congresso Nacional logo na primeira quinzena de dezembro, após as eleições municipais.

Câmbio

O dólar fechou em queda e renovou a mínima em dois meses ante o real, ainda embalado pelo fluxo de ativos estrangeiros para o mercado doméstico, explicitado no leilão de títulos do Tesouro realizado hoje mais cedo.

Apesar de certa instabilidade durante o dia, a moeda americana fechou em queda de 0,46%, vendida a 5,313. Este é o menor patamar desde 17 de setembro, quando foi negociado a 5,231 reais.

O real tem segundo melhor desempenho em cesta de 24 moedas emergentes, precedido pela lira da Turquia, onde banco central do país promoveu choque de juros, elevando taxa de 10,25% para 15% ao ano– 13 pontos percentuais acima do praticado no Brasil. Apesar do risco de se investir no país euroasiático, a alto rendimento dos títulos do país tem atraído fluxo de capital para o país, apreciando a moeda local.

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