Veterano de Wall Street prevê mais ganhos para bolsas dos EUA
O veterano de Wall Street confirmou sua previsão de que o índice alcançará 5.000 pontos até o fim do ano que vem
Bloomberg
Publicado em 13 de agosto de 2021 às 17h27.
Há poucos motivos para investidores que apostam em mais ganhos do mercado acionário receberem uma “revelação” com o S&P 500 quase no dobro do nível do período pré-pandemia. Mas eles têm vários motivos para continuarem a ter fé nas ações.
“Os lucros estão nas alturas”, disse na quinta-feira Ed Yardeni, presidente da empresa de pesquisa homônima, em entrevista à Bloomberg TV. “Meu otimismo se baseia na minha percepção de que não há recessão pela frente, não há crise de crédito à frente e ainda há lucros mais altos à frente.”
O veterano de Wall Street chamou a era atual de “The Roaring 2020s” (referência aos “Roaring Twenties”, termo que marcou os chamados Loucos Anos 20) e confirmou sua previsão de que o índice alcançará 5.000 pontos até o fim do ano que vem, um aumento de 12% em relação ao fechamento de quinta-feira.
“Mas, na verdade, 5.000 é uma perspectiva bastante conservadora. É o fim do ano que vem”, disse. “Há muito tempo para os lucros aumentarem nesse período.” Ele destacou o aumento da produtividade, que deve ajudar a impulsionar o crescimento. A produtividade “aumentou 2%”, disse Yardeni. “Acho que vai subir para 4%.”
Outro investidor que prevê ganhos para o mercado acionário, David Kostin, estrategista-chefe de ações dos EUA do Goldman Sachs, vê o S&P 500 em 4.700 no fim do ano e em 4.900 no final de 2022. O índice fechou em 4.460,83 na quinta-feira.
“A economia dos EUA subirá cerca de 8% em termos nominais este ano em relação a 2019, na pré-pandemia”, disse Kostin em entrevista à Bloomberg TV. “As vendas de empresas do S&P 500 subirão 15%, e os lucros serão 34% maiores. Essa é uma representação da alavancagem operacional existente em tantas empresas.”
Para investidores, é difícil ignorar o retorno oferecido pelas ações. “A oportunidade oferecida para investidores em outras classes de ativos não é realmente muito atraente”, disse Kostin. “As ações se tornaram o termo proverbial, não há alternativa. Esta é uma espécie de história de fluxo de dinheiro sobre por que é provável que haja uma demanda persistente por ações dos EUA. E isso provavelmente impulsionará o mercado.”