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Vendas do varejo derrubam bolsas de NY na pré-abertura

Mercados são pressionados pelas incertezas na zona do euro e por sinais de fraqueza da economia americana

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2012 às 10h48.

Nova York - Após o rali de terça-feira, as bolsas em Nova York se preparam para uma abertura negativa, pressionadas pelas incertezas na zona do euro e por sinais de fraqueza da economia americana, reforçadas pela queda das vendas no varejo nos Estados Unidos em maio e pelo declínio da inflação ao produtor. Às 10h15 (horário de Brasília), no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,33%, o S&P 500 tinha queda de 0,51% e o Nasdaq perdia 0,35%.

As vendas no varejo recuaram 0,2% em maio, quando economistas esperavam queda de 0,3%. As vendas de abril foram revisadas de uma alta de 0,1% para uma queda de 0,2%. Com isso, foi a primeira vez em quase dois anos que as vendas no varejo caíram por dois meses consecutivos. Na comparação anual, houve alta de 5,3%. Excluindo o setor automotivo, as vendas em maio recuaram 0,4%. Esse resultado foi influenciado por gastos menores com combustíveis. As vendas de carros subiram 0,8%.

Já o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) caiu 1% ante abril, a maior queda desde julho de 2009. Analistas esperavam queda de 0,8%. O núcleo, que exclui energia e alimentos, subiu 0,2%, dentro do estimado.

O consumo menor, os sinais de queda nas pressões inflacionárias e o mercado de trabalho sem fôlego dão mais espaço para o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) promover novos estímulos à economia. Analistas consultados na terça-feira pela Agência Estado avaliam que o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) optará primeiro por prorrogar o programa de extensão de vencimentos em seu portfólio, chamado de Operação Twist, que terminaria no final do mês.

Caso escolha esse caminho, a reunião de política monetária da próxima semana, nos dias 19 e 20, seria a oportunidade para isso. "Acho que é possível sim que a Operação Twist seja estendida, mas duvido que se comprometam com um QE3 a essa altura do campeonato", disse o economista-chefe da consultoria MFR, Joshua Shapiro.

Na Europa, o avanço dos yields dos bônus de vários países reflete o clima de insegurança. É grande também a expectativa em relação às eleições na Grécia, marcadas para domingo. O yield oferecido no leilão de títulos italianos realizado hoje foi de 3,972%, bem acima dos 2,340% do leilão anterior, em maio.

Por volta das 10h15, o euro subia a US$ 1,2525, de US$ 1,2504 no fim da tarde de ontem. O índice ICE Dollar, que pesa a moeda norte-americana ante uma cesta de seis principais rivais, caía 0,11%, a 82,332 pontos.

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