Mercados

Vale e Petrobras empurram Ibovespa para baixo e índice cai 0,11%

Papéis da Qualicorp e B2W, por outro lado, tiveram ganhos de 35,82% e 17,62%, respectivamente

Embora cenário externo tenha provocado queda em quase todas as ações na segunda-feira, Ibovespa fechou semana em alta (Paulo Whitaker/Reuters)

Embora cenário externo tenha provocado queda em quase todas as ações na segunda-feira, Ibovespa fechou semana em alta (Paulo Whitaker/Reuters)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 9 de agosto de 2019 às 17h32.

Última atualização em 9 de agosto de 2019 às 18h54.

Apesar de ganhos estratosféricos de ações como as da Qualicorp e B2W, o Ibovespa fechou em baixa de 0,11% nesta sexta-feira (9) e foi a 103,996,16 pontos. A queda ocorreu devido aos papéis da Vale e Petrobras, que caíram 3,58% e 0,27%, respectivamente. Como essas empresas possuem maior participação na carteira do índice, fortes ganhos de ações com menor peso têm pouca ou nenhuma influência no índice.

A escalada do conflito comercial entre China e Estados Unidos impactou negativamente o Ibovespa na segunda-feira (5) e quase fez com que o índice ficasse abaixo dos 100 mil pontos. Porém, com notícias positivas, como a reforma da previdência e a melhora do cenário externo, o mercado se recuperou e o índice fechou a semana em alta de 1,28%.

As ações da Vale caíram devido ao mercado de contratos futuros de minério de ferro da China, que teve a sétima queda consecutiva e registrou a maior baixa semanal em mais de 16 meses.

Se algumas das principais ações da bolsa paulista não tiveram bom desempenho, o mesmo não pode ser dito dos papeis da administradora de planos de saúde Qualicorp, que subiu 35,82% nesta sexta com o anúncio de que o grupo hospitalar Rede d’Or São Luiz assinou contrato para comprar 10% das ações do grupo líder nacional na comercialização e administração de planos de saúde coletivos.

“Com a parceria, a Qualicorp poderá criar planos de saúde mais acessíveis”, avalia Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos, em boletim enviado a clientes da corretora.

Não é de hoje que os papéis da Qualicorp têm conseguido rentabilidade alta. No ano, o crescimento de 131,81%.

A ação da B2W, das marcas Submarino, Shoptime e Americanas.com, foi outra que teve variação fora do comum. Mesmo depois de relatar prejuízo no balanço divulgado na noite de quinta-feira (8), o papel da empresa especializada em comércio digital subiu 17,62% . Isso porque as vendas totais da varejista cresceram 22%, alcançando 3,9 bilhões de reais.

Embora a ação tenha subido, não foi o bastante para reverter as perdas acumuladas ao longo do ano, que somam 4,29%.

A BRF divulgou o balanço do 2º trimestre no começo da manhã, e, logo após a abertura da bolsa, sua ação passou de 7%. Isso porque a dona das marcas Sadia e Perdigão apresentou lucro líquido de 191 milhões de reais enquanto o mercado esperava por prejuízo. Parte dos ganhos da se deu por conta da peste suína que assola os rebanhos chineses e faz com que o país asiático aumente as importações da commodity.

Os resultados do balanço também fizeram bem para as ações da empresa de turismo CVC, que subiu 9,27% no dia. O lucro líquido ajustado ficou em 39,4 milhões de reais. Esse valor exclui as perdas que teve com reembolsos e remarcação de passagens da Avianca.

Apesar de ter apresentado 15% de crescimento do lucro líquido em seu último balanço, os papéis da construtora MRV caíram 6,14% e foi a maior queda no pregão desta sexta-feira.

O dólar, por sua vez, não caiu no mesmo ritmo em que o Ibovespa subiu e fechou a semana em alta de 1,31%, a 3,942 reais. Nesta sexta, ele subiu 0,39%. Esta foi a quarta semana seguida de alta do dólar frente ao real.

Acompanhe tudo sobre:B2WIbovespaPetrobrasQualicorpVale

Mais de Mercados

Bolsas da Europa fecham em baixa, devolvendo parte dos ganhos em dia de CPI da zona do euro

Gavekal: inflação machuca, mas é a pobreza o maior problema dos EUA

Ibovespa fecha perto da estabilidade dividido entre Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4)

China, inflação da europa e demissões na Petrobras: o que move o mercado

Mais na Exame