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Vale e OGX ofuscam alta de bancos e Ibovespa fecha estável

Índice teve variação negativa de 0,08%, a 53.738 pontos, fechando com a primeira perda semanal de setembro, de 0,69%

Eike Batista na abertuda de capital da OGX: companhia foi novamente um destaque negativo na bolsa (Fernando Cavalcanti/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 18h04.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou praticamente estável nesta sexta-feira, refletindo o embate entre a alta recorde do Santander Brasil, que ajudou a levantar o setor financeiro, e a queda da petroleira OGX e da mineradora Vale. O Ibovespa teve variação negativa de 0,08 por cento, a 53.738 pontos. O índice registrou sua primeira perda semanal de setembro, com queda de 0,69 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 6,1 bilhões de reais.

O setor financeiro foi o destaque positivo da toda a sessão, após o Santander Brasil ter anunciado na noite da véspera mudanças para otimizar sua estrutura de capital que permitirão remunerar os acionistas em 6 bilhões de reais. "Gostamos da proposta de redução de capital, já que o Santander Brasil estava investindo o excesso de capital com taxa de juros abaixo do custo de capital", afirmaram analistas do Itaú BBA liderados por Regina Longo Sanchez em relatório.

As units da instituição financeira saltaram 7,64 por cento e atingiram durante o dia seu maior patamar em um ano. Mesmo perdendo fôlego no final, o avanço foi o maior da história do papel, desde que estreou na Bovespa em outubro de 2009.

Ações de outros bancos, como Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco também exibiram fortes ganhos, contagiadas pelo bom humor em relação ao setor.

"Outro ponto é que, pelas novas regras para o Ibovespa, os bancos vão ser o principal setor da bolsa a partir de meados do ano que vem. O ajuste de posições já pode começar no fim deste ano", afirmou o analista Carlos Daltozo, do BB Investimentos.

A Reuters publicou na véspera que a nova estrutura do Ibovespa, que começa a valer em 2014, vai mudar a composição setorial do índice, com bancos tomando a primeira posição do setor de petróleo, enquanto os setores siderúrgico e de construção perderão peso. Na outra ponta, a queda das preferenciais das blue chips Vale e Petrobras limitou ganhos do índice.

A maior pressão negativa, porém, foi novamente a ação da petroleira OGX, com baixa de 9,68 por cento. "Isso (a queda) está ocorrendo em meio às especulações sobre a possibilidade de um default e de que a empresa saia do Ibovespa", afirmou o operador Carlos Nielebock, da Icap Corretora.

"O mercado especula que isso possa ocorrer logo no início de outubro, se ocorrer o default e a empresa decretar recuperação judicial", completou. A OGX tem afirmado repetidamente que não tem intenção de reestruturar sua dívida, mas está em um processo de reavaliação de sua estrutura de capital.

EUA sob os Holofotes

No cenário externo, seguiu a apreensão com as negociações sobre o teto da dívida dos Estados Unidos, que pode tocar o limite em 17 de outubro, levando o país a um default.

Além disso, o tempo está se esgotando para que uma paralisação parcial do governo norte-americano ocorra em 1o de outubro, o que levou as bolsas do país a fecharem em queda e manteve investidores da Bovespa cautelosos. O Senado dos EUA aprovou projeto para financiar as operações do governo entre 1º de outubro e 15 de novembro, evitando a paralisação de agências públicas. A medida precisa agora ser aprovada pela Câmara, controlada por republicanos, onde espera-se que encontre oposição. "Caso essa discussão não evolua, automaticamente os EUA são obrigados a cortar investimentos, o que pode frear uma recuperação da economia", afirmou o economista Fausto Gouveia, da Legan Asset.

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São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou praticamente estável nesta sexta-feira, refletindo o embate entre a alta recorde do Santander Brasil, que ajudou a levantar o setor financeiro, e a queda da petroleira OGX e da mineradora Vale. O Ibovespa teve variação negativa de 0,08 por cento, a 53.738 pontos. O índice registrou sua primeira perda semanal de setembro, com queda de 0,69 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 6,1 bilhões de reais.

O setor financeiro foi o destaque positivo da toda a sessão, após o Santander Brasil ter anunciado na noite da véspera mudanças para otimizar sua estrutura de capital que permitirão remunerar os acionistas em 6 bilhões de reais. "Gostamos da proposta de redução de capital, já que o Santander Brasil estava investindo o excesso de capital com taxa de juros abaixo do custo de capital", afirmaram analistas do Itaú BBA liderados por Regina Longo Sanchez em relatório.

As units da instituição financeira saltaram 7,64 por cento e atingiram durante o dia seu maior patamar em um ano. Mesmo perdendo fôlego no final, o avanço foi o maior da história do papel, desde que estreou na Bovespa em outubro de 2009.

Ações de outros bancos, como Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco também exibiram fortes ganhos, contagiadas pelo bom humor em relação ao setor.

"Outro ponto é que, pelas novas regras para o Ibovespa, os bancos vão ser o principal setor da bolsa a partir de meados do ano que vem. O ajuste de posições já pode começar no fim deste ano", afirmou o analista Carlos Daltozo, do BB Investimentos.

A Reuters publicou na véspera que a nova estrutura do Ibovespa, que começa a valer em 2014, vai mudar a composição setorial do índice, com bancos tomando a primeira posição do setor de petróleo, enquanto os setores siderúrgico e de construção perderão peso. Na outra ponta, a queda das preferenciais das blue chips Vale e Petrobras limitou ganhos do índice.

A maior pressão negativa, porém, foi novamente a ação da petroleira OGX, com baixa de 9,68 por cento. "Isso (a queda) está ocorrendo em meio às especulações sobre a possibilidade de um default e de que a empresa saia do Ibovespa", afirmou o operador Carlos Nielebock, da Icap Corretora.

"O mercado especula que isso possa ocorrer logo no início de outubro, se ocorrer o default e a empresa decretar recuperação judicial", completou. A OGX tem afirmado repetidamente que não tem intenção de reestruturar sua dívida, mas está em um processo de reavaliação de sua estrutura de capital.

EUA sob os Holofotes

No cenário externo, seguiu a apreensão com as negociações sobre o teto da dívida dos Estados Unidos, que pode tocar o limite em 17 de outubro, levando o país a um default.

Além disso, o tempo está se esgotando para que uma paralisação parcial do governo norte-americano ocorra em 1o de outubro, o que levou as bolsas do país a fecharem em queda e manteve investidores da Bovespa cautelosos. O Senado dos EUA aprovou projeto para financiar as operações do governo entre 1º de outubro e 15 de novembro, evitando a paralisação de agências públicas. A medida precisa agora ser aprovada pela Câmara, controlada por republicanos, onde espera-se que encontre oposição. "Caso essa discussão não evolua, automaticamente os EUA são obrigados a cortar investimentos, o que pode frear uma recuperação da economia", afirmou o economista Fausto Gouveia, da Legan Asset.

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