Mercado agora aposta em quatro altas seguidas de 0,5 ponto do Fed
O mercado monetário precifica um aperto monetário mais rigoroso depois da mais recente sinalização de Jerome Powell, presidente do Fed
Bloomberg
Publicado em 22 de abril de 2022 às 10h27.
Última atualização em 23 de abril de 2022 às 08h02.
Traders apostam que o Federal Reserve, o Fed -- o banco central americano -- realizará os maiores aumentos de juros nos Estados Unidos em mais de duas décadas em cada uma das próximas quatro reuniões de política monetária.
O mercado monetário precifica 2 pontos percentuais de aperto até setembro, de acordo com contratos de swaps de taxas de juros. Isso implica aumentos de meio ponto percentual -- inédito desde 2000 -- em maio, junho, julho e setembro para levar o limite superior da taxa básica para 2,50%.
O objetivo é tentar controlar a inflação, cujo índice ao consumidor, o CPI, está nos maiores níveis em quarenta anos. A taxa dos últimos 12 meses até março chegou a 8,5%.
A taxa de juros americana está no intervalo entre 0,25% e 0,50% desde a reunião de março, quando subiu do patamar anterior entre zero e 0,25% desde o início da pandemia, em março de 2020.
Essa precificação vem após o presidente do Fed, Jerome Powell, expor sua mais agressiva abordagem -- hawkish -- para domar a inflação até o momento na quinta-feira, dia 21.
O colega de Powell e presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, abriu um debate sobre fazer um aumento mais agressivo de 0,75 ponto percentual, se necessário.
Até mesmo autoridades normalmente dovish -- moderada na condução da política monetária --, como Mary Daly, do Fed de São Francisco, têm dito que um “par” de movimentos de meio ponto percentual é provável.