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Temor por EUA volta a derrubar bolsas e commodities

Os agentes se depararam pela manhã com um novo aumento nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos na semana passada

Bolsas de Londres, Paris e Frankfurt iniciam o dia em baixa (Ben Stansall/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2011 às 21h11.

São Paulo - O mau humor voltou com força às praças financeiras globais nesta quinta-feira, com investidores vendendo ações e comprando dólares após novos sinais de que a recuperação americana está patinando.

Os agentes se depararam pela manhã com um novo aumento nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos na semana passada, além de uma alta acima do esperado nos preços ao consumidor do país em julho.

Mas surpreendeu o tombo no índice de atividade fabril no Meio-Atlântico do país. O indicador, medido pelo Federal Reserve (FED, banco central dos EUA) da Filadélfia, despencou a menos 30,7 neste mês, muito abaixo das expectativas de uma leitura positiva em 3,7 e no menor nível desde março de 2009.

Para piorar, a venda de moradias usadas também contrariou estimativas de alta e recuou 3,5% em julho ante junho. A safra de indicadores foi a senha para uma nova onda de vendas de ações, que resultado em quedas de mais de 3% nas bolsas paulista e nova-iorquinas. As perspectivas de menor crescimento global derrubaram o barril de petróleo ao menor patamar desde agosto, o que acabou puxando o índice Reuters-Jefferies de commodities para uma baixa de 2,33%.

A desvalorização das matérias-primas foi intensificada pelos ganhos do dólar, em meio à busca por segurança. As operações brasileiras acompanharam de perto a aversão a risco externa, o que reaproximou a taxa de câmbio de R$ 1,60.

O quadro de fragilidade no cenário mundial levou investidores a tirarem prêmios dos contratos de DI, motivando fortes quedas nas taxas. O mercado monitorou ainda declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, segundo o qual já há sinais de que a economia brasileira está se moderando.


Em teleconferência com a imprensa internacional, Tombini afirmou ainda que a recente piora do cenário internacional será levada em conta pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em sua próxima reunião, no final deste mês. Para parte do mercado, as declarações feitas pelo chefe do BC reforçaram a perspectiva de estabilidade no juro básico neste mês, e até mesmo de queda, embora alguns economistas acreditem que uma redução da Selic neste momento ainda seja prematura.

Na sexta-feira, os investidores vão monitorar de perto a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de agosto. O indicador (considerado uma prévia da inflação oficial) deve subir 0,19%, de acordo com mediana de projeções apuradas pela Reuters .

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São Paulo - O mau humor voltou com força às praças financeiras globais nesta quinta-feira, com investidores vendendo ações e comprando dólares após novos sinais de que a recuperação americana está patinando.

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Mas surpreendeu o tombo no índice de atividade fabril no Meio-Atlântico do país. O indicador, medido pelo Federal Reserve (FED, banco central dos EUA) da Filadélfia, despencou a menos 30,7 neste mês, muito abaixo das expectativas de uma leitura positiva em 3,7 e no menor nível desde março de 2009.

Para piorar, a venda de moradias usadas também contrariou estimativas de alta e recuou 3,5% em julho ante junho. A safra de indicadores foi a senha para uma nova onda de vendas de ações, que resultado em quedas de mais de 3% nas bolsas paulista e nova-iorquinas. As perspectivas de menor crescimento global derrubaram o barril de petróleo ao menor patamar desde agosto, o que acabou puxando o índice Reuters-Jefferies de commodities para uma baixa de 2,33%.

A desvalorização das matérias-primas foi intensificada pelos ganhos do dólar, em meio à busca por segurança. As operações brasileiras acompanharam de perto a aversão a risco externa, o que reaproximou a taxa de câmbio de R$ 1,60.

O quadro de fragilidade no cenário mundial levou investidores a tirarem prêmios dos contratos de DI, motivando fortes quedas nas taxas. O mercado monitorou ainda declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, segundo o qual já há sinais de que a economia brasileira está se moderando.


Em teleconferência com a imprensa internacional, Tombini afirmou ainda que a recente piora do cenário internacional será levada em conta pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em sua próxima reunião, no final deste mês. Para parte do mercado, as declarações feitas pelo chefe do BC reforçaram a perspectiva de estabilidade no juro básico neste mês, e até mesmo de queda, embora alguns economistas acreditem que uma redução da Selic neste momento ainda seja prematura.

Na sexta-feira, os investidores vão monitorar de perto a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de agosto. O indicador (considerado uma prévia da inflação oficial) deve subir 0,19%, de acordo com mediana de projeções apuradas pela Reuters .

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