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Taxas intermediárias e longas de juros têm forte alta

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 marcava máxima de 7,94%, ante 7,88% no ajuste

O giro financeiro foi de R$ 4,647 bilhões (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2012 às 17h00.

São Paulo - O mercado de juros futuros enveredou por um expressivo movimento de recomposição de prêmios, sobretudo da parte intermediária para frente da curva a termo. Mas, na avaliação de operadores e analistas, não há nenhum fato relevante que justifique a alta das taxas futuras. No entanto, uma correção técnica à forte queda dos juros que se deu após a reunião de quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) e a fala da presidente Dilma Rousseff sobre uma "política pró-cíclica de investimentos" podem justificar parte da nova precificação do mercado.

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (175.010 contratos) marcava máxima de 7,94%, ante 7,88% no ajuste. O DI janeiro de 2014, com giro de 343.450 contratos, subia a 8,39%, de 8,23% na sexta-feira. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (103.310 contratos) avançava para a máxima de 10,15%, de 9,79% antes, enquanto o DI janeiro de 2021 (3.615 contratos) saltava para a máxima de 10,81%, de 10,42% no ajuste.

"A curva está abrindo com o mercado lá fora sem tendência muito clara. Por isso, pode ser uma correção técnica aliada à fala da presidente Dilma, ainda mais em um dia vazio como hoje", observou o economista chefe da CM Capital Markets, Darwin Dib.

Em Brasília, a presidente Dilma Rousseff, após encontro com sua equipe econômica, disse que diante do acirramento das crises e de processos recessivos na economia internacional, o Brasil está se preparando para ter uma política pró-cíclica de investimentos. Ela não foi além, mas deixou o mercado na expectativa de que novas medidas de estímulo à economia podem ser anunciadas em breve.

O comportamento das taxas futuras de curto prazo até ameaçou ser de queda no começo do dia. A pesquisa Focus mostrou que os analistas revisaram a previsão de expansão do PIB em 2012 de 2,99% para 2,72%, nível que se distancia cada vez mais das metas do governo, de "pelo menos 3%". O levantamento trouxe ainda projeções mais brandas de IPCA. A estimativa para a inflação oficial em 2012 caiu de 5,17% para 5,15% e seguiu inalterada em 5,60% para 2013.

E os recentes dados de inflação confirmam pressão menor. O índice de preços ao consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, apontou desaceleração para alta de 0,35% em maio, de 0,47% em abril. O resultado situou-se perto da mediana de 0,36% calculada pelo AE Projeções.

Lá fora, informações de que a Espanha e demais membros da zona do euro negociam uma recapitalização de bancos do bloco minimizaram o nervosismo. Além disso, uma autoridade da União Europeia afirmou nesta segunda-feira que a situação da Espanha vai ser "uma grande parte" da teleconferência que será realizada amanhã entre os ministros de Finanças do G-7. Por outro lado, os Estados Unidos continuaram emitindo sinais de que a recuperação do país é lenta, o que deixa o mercado cada vez mais esperançoso de que o Federal Reserve adote uma terceira rodada de afrouxamento quantitativo.

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Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (175.010 contratos) marcava máxima de 7,94%, ante 7,88% no ajuste. O DI janeiro de 2014, com giro de 343.450 contratos, subia a 8,39%, de 8,23% na sexta-feira. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (103.310 contratos) avançava para a máxima de 10,15%, de 9,79% antes, enquanto o DI janeiro de 2021 (3.615 contratos) saltava para a máxima de 10,81%, de 10,42% no ajuste.

"A curva está abrindo com o mercado lá fora sem tendência muito clara. Por isso, pode ser uma correção técnica aliada à fala da presidente Dilma, ainda mais em um dia vazio como hoje", observou o economista chefe da CM Capital Markets, Darwin Dib.

Em Brasília, a presidente Dilma Rousseff, após encontro com sua equipe econômica, disse que diante do acirramento das crises e de processos recessivos na economia internacional, o Brasil está se preparando para ter uma política pró-cíclica de investimentos. Ela não foi além, mas deixou o mercado na expectativa de que novas medidas de estímulo à economia podem ser anunciadas em breve.

O comportamento das taxas futuras de curto prazo até ameaçou ser de queda no começo do dia. A pesquisa Focus mostrou que os analistas revisaram a previsão de expansão do PIB em 2012 de 2,99% para 2,72%, nível que se distancia cada vez mais das metas do governo, de "pelo menos 3%". O levantamento trouxe ainda projeções mais brandas de IPCA. A estimativa para a inflação oficial em 2012 caiu de 5,17% para 5,15% e seguiu inalterada em 5,60% para 2013.

E os recentes dados de inflação confirmam pressão menor. O índice de preços ao consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, apontou desaceleração para alta de 0,35% em maio, de 0,47% em abril. O resultado situou-se perto da mediana de 0,36% calculada pelo AE Projeções.

Lá fora, informações de que a Espanha e demais membros da zona do euro negociam uma recapitalização de bancos do bloco minimizaram o nervosismo. Além disso, uma autoridade da União Europeia afirmou nesta segunda-feira que a situação da Espanha vai ser "uma grande parte" da teleconferência que será realizada amanhã entre os ministros de Finanças do G-7. Por outro lado, os Estados Unidos continuaram emitindo sinais de que a recuperação do país é lenta, o que deixa o mercado cada vez mais esperançoso de que o Federal Reserve adote uma terceira rodada de afrouxamento quantitativo.

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