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Taxas futuras sobem com incerteza sobre metas fiscais

A valorização do dólar ajudou a dar suporte para o avanço dos DIs, apesar das tensões nos países emergentes terem diminuído

Bovespa: no fim do pregão regular, a taxa do DI para abril de 2014 avançava para 10,500% (119.535 contratos) (Alexandre Battibugli/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 16h20.

São Paulo - Os contratos futuros dos juros fecharam em alta nesta terça-feira, 28, conduzidos pelas incertezas em relação às metas fiscais do governo brasileiro neste ano.

A valorização do dólar ajudou a dar suporte para o avanço dos DIs, apesar das tensões nos países emergentes terem diminuído após o Banco Central da Índia surpreender os mercados ao elevar a taxa de juros do país.

Os contratos iniciaram os negócios em queda, em meio a especulações de que o governo estaria disposto a fazer um esforço maior em relação às contas públicas. Informações divulgadas pelos principais jornais brasileiros apontaram que a meta de superávit primário em 2014 ficaria entre 1,7% e 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), podendo alcançar os 2%.

Já o contingenciamento de recursos no Orçamento de 2014 ficaria entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões. Mas o fato de Mantega ter negado que os números estejam definidos aliviou a pressão de baixa sobre os DIs. Os contratos inverteram a direção e bateram máximas no início da tarde.

No fim do pregão regular, a taxa do DI para abril de 2014 avançava para 10,500% (119.535 contratos), de 10,491% no ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2015 apontava 11,24% (243.870 contratos), de 11,20% no ajuste anterior. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (275.950 contratos) estava em 12,82%, de 12,73%. O DI para janeiro de 2021 (24.425 contratos) registrava 13,35%, de 13,27% no ajuste da véspera.

O banco norte-americano Goldman Sachs disse, em uma teleconferência, nesta terça-feira que muitos países emergentes terão que elevar os juros para conter fugas de capital e lidar com inflação. Segundo executivos do banco, esses países não devem ter um ano fácil em 2014 e suas moedas e ativos financeiros deverão continuar pressionadas.

Na segunda o Banco Central da Índia surpreendeu os mercados ao anunciar uma elevação da taxa de juros em 0,25 ponto porcentual, para 8%. Na noite desta terça-feira o Banco Central da Turquia realizará uma reunião extraordinária.

O presidente da autoridade monetária turca, Erdem Basci, deu uma forte indicação de que a instituição fará um aperto significativo em sua política monetária, numa tentativa de conter a onda de desvalorização da lira turca ante o dólar. Na quarta-feira o Banco Central da África do Sul anunciará sua decisão sobre os juros.

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São Paulo - Os contratos futuros dos juros fecharam em alta nesta terça-feira, 28, conduzidos pelas incertezas em relação às metas fiscais do governo brasileiro neste ano.

A valorização do dólar ajudou a dar suporte para o avanço dos DIs, apesar das tensões nos países emergentes terem diminuído após o Banco Central da Índia surpreender os mercados ao elevar a taxa de juros do país.

Os contratos iniciaram os negócios em queda, em meio a especulações de que o governo estaria disposto a fazer um esforço maior em relação às contas públicas. Informações divulgadas pelos principais jornais brasileiros apontaram que a meta de superávit primário em 2014 ficaria entre 1,7% e 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), podendo alcançar os 2%.

Já o contingenciamento de recursos no Orçamento de 2014 ficaria entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões. Mas o fato de Mantega ter negado que os números estejam definidos aliviou a pressão de baixa sobre os DIs. Os contratos inverteram a direção e bateram máximas no início da tarde.

No fim do pregão regular, a taxa do DI para abril de 2014 avançava para 10,500% (119.535 contratos), de 10,491% no ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2015 apontava 11,24% (243.870 contratos), de 11,20% no ajuste anterior. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (275.950 contratos) estava em 12,82%, de 12,73%. O DI para janeiro de 2021 (24.425 contratos) registrava 13,35%, de 13,27% no ajuste da véspera.

O banco norte-americano Goldman Sachs disse, em uma teleconferência, nesta terça-feira que muitos países emergentes terão que elevar os juros para conter fugas de capital e lidar com inflação. Segundo executivos do banco, esses países não devem ter um ano fácil em 2014 e suas moedas e ativos financeiros deverão continuar pressionadas.

Na segunda o Banco Central da Índia surpreendeu os mercados ao anunciar uma elevação da taxa de juros em 0,25 ponto porcentual, para 8%. Na noite desta terça-feira o Banco Central da Turquia realizará uma reunião extraordinária.

O presidente da autoridade monetária turca, Erdem Basci, deu uma forte indicação de que a instituição fará um aperto significativo em sua política monetária, numa tentativa de conter a onda de desvalorização da lira turca ante o dólar. Na quarta-feira o Banco Central da África do Sul anunciará sua decisão sobre os juros.

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