Mercados

Taxas de juros sobem puxadas por dólar

Continua repercutindo ainda o dado negativo sobre o superávit de outubro do governo central, divulgado na semana passada


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (22.485 contratos) estava em 10,09%
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (22.485 contratos) estava em 10,09% (Alexandre Battibugli/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 16h33.

São Paulo - Os juros futuros registraram ganhos consistentes nesta segunda-feira, 02, acompanhando a alta do dólar.

O aumento aquém do esperado concedido para os preços dos combustíveis indica que haverá inflação represada no futuro próximo e, além disso, a falta de clareza na nova metodologia de reajuste deixa os participantes do mercado nervosos.

Continua repercutindo ainda o dado negativo sobre o superávit de outubro do governo central, divulgado na semana passada.

Segundo um operador, investidores estrangeiros entraram mais fortemente no mercado brasileiro esta tarde, após o feriado de Ação de Graças na semana passada nos EUA.

Com a alta dos juros, a curva a termo precifica majoritariamente uma alta 0,5 ponto porcentual da Selic em janeiro, apesar de um aperto menor, de 0,25 ponto, não estar descartado.

Embora o reajuste de 4% concedido pelo governo para a gasolina tenha ficado abaixo do esperado pela maioria dos analistas, fontes do mercado explicam que a falta de clareza sobre a nova política de preços dos combustíveis afeta as expectativas de inflação e impulsiona os juros futuros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (22.485 contratos) estava em 10,09%, de 10,06% no ajuste de sexta-feira.

O juro para janeiro de 2015 (442.220 contratos) indicava 10,75%, de 10,67% na sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (226.090 contratos) apontava 12,42%, ante 12,20%. E o DI para janeiro de 2021 terminou a 13,10% (15.095 contratos), de 12,83%.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Mais na Exame