Exame Logo

Taxa de juros têm leve alta com dólar e Treasuries

O volume de negócios foi reduzido diante da cautela dos investidores com fatores domésticos e externos

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (93.310 contratos) marcava 9,41% (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 17h05.

São Paulo - As taxas futuras de juros terminaram majoritariamente em alta nesta sexta-feira, 04, acompanhando a valorização do dólar ante o real e o avanço da remuneração dos títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos, chamados de Treasuries. O volume de negócios foi reduzido diante da cautela dos investidores com fatores domésticos e externos.

As palavras da véspera do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, de que a inflação está sob controle no país, continuaram reverberando e colocaram um ponto de interrogação no mercado sobre a dose de aperto monetário que será dada na última reunião do ano, em novembro. Nos EUA, o imbróglio envolvendo o Orçamento do governo e o teto da dívida persistiram, apesar de alguns sinais de que um acordo seja possível.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (93.310 contratos) marcava 9,41%, de 9,382% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (203.195 contratos) indicava taxa de 10,14%, ante 10,17%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (89.700 contratos) apontava 11,28%, igual à véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (2.180 contratos) estava em 11,82%, ante 11,81% no ajuste anterior.

Os investidores seguem apostando em mais duas elevações de 0,50 ponto porcentual da Selic nos encontros do Comitê de Política Monetária (Copom) deste ano, na próxima semana e em novembro. Das instituições do mercado financeiro, 79 de 80 consultadas pelo AE Projeções esperam que a Selic passe de 9,00% para 9,50% na próxima quarta-feira, 09. Para o fim do ano, no entanto, a maioria das estimativas mostra o juro básico em 9,75% (49 de 76 casas).

De acordo com um profissional da área de renda fixa, a ausência de indicadores e a cautela antes do Copom travaram os negócios e foi o dólar e os Treasuries que garantiram a alta para o juros. Segundo a fonte, o mercado aguarda o comunicado e a ata da próxima reunião da autoridade monetária com o intuito de ajustar as apostas para o tamanho do ciclo de alta da Selic.

Dos indicadores domésticos conhecidos mais cedo, a produção de veículos caiu 2,5% em setembro ante agosto, mas subiu 15,2% na comparação com setembro de 2012, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Apesar da queda na margem, o dado dessazonalizado mostrou crescimento de 8,1%, nos cálculos da Tendências Consultoria Integrada. A produção de caminhões avançou 2,8% na margem, ainda segundo a Tendências.

No exterior, a paralisação do governo dos EUA entrou no quarto dia e, por isso, o relatório oficial de emprego (payroll) deixou de ser divulgado. Uma reunião dos republicanos na Câmara dos Representantes para estudar um amplo acordo, que já poderia incluir o aumento do teto da dívida, não resultou em muito progresso, mas indica uma luz no fim do túnel. À tarde, os democratas da Câmara concluíram uma petição para forçar a votação do Orçamento e reabrir o governo.

Assim, o juro da T-note de 10 anos marcava 2,653% às 16h30 (horário de Brasília), de 2,614% no fim da tarde de quinta-feira. O dólar voltava a ganhar terreno diante das principais moedas e subiu 0,45% em relação ao real, cotado na máxima de R$ 2,2110 no mercado à vista de balcão.

Veja também

São Paulo - As taxas futuras de juros terminaram majoritariamente em alta nesta sexta-feira, 04, acompanhando a valorização do dólar ante o real e o avanço da remuneração dos títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos, chamados de Treasuries. O volume de negócios foi reduzido diante da cautela dos investidores com fatores domésticos e externos.

As palavras da véspera do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, de que a inflação está sob controle no país, continuaram reverberando e colocaram um ponto de interrogação no mercado sobre a dose de aperto monetário que será dada na última reunião do ano, em novembro. Nos EUA, o imbróglio envolvendo o Orçamento do governo e o teto da dívida persistiram, apesar de alguns sinais de que um acordo seja possível.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (93.310 contratos) marcava 9,41%, de 9,382% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (203.195 contratos) indicava taxa de 10,14%, ante 10,17%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (89.700 contratos) apontava 11,28%, igual à véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (2.180 contratos) estava em 11,82%, ante 11,81% no ajuste anterior.

Os investidores seguem apostando em mais duas elevações de 0,50 ponto porcentual da Selic nos encontros do Comitê de Política Monetária (Copom) deste ano, na próxima semana e em novembro. Das instituições do mercado financeiro, 79 de 80 consultadas pelo AE Projeções esperam que a Selic passe de 9,00% para 9,50% na próxima quarta-feira, 09. Para o fim do ano, no entanto, a maioria das estimativas mostra o juro básico em 9,75% (49 de 76 casas).

De acordo com um profissional da área de renda fixa, a ausência de indicadores e a cautela antes do Copom travaram os negócios e foi o dólar e os Treasuries que garantiram a alta para o juros. Segundo a fonte, o mercado aguarda o comunicado e a ata da próxima reunião da autoridade monetária com o intuito de ajustar as apostas para o tamanho do ciclo de alta da Selic.

Dos indicadores domésticos conhecidos mais cedo, a produção de veículos caiu 2,5% em setembro ante agosto, mas subiu 15,2% na comparação com setembro de 2012, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Apesar da queda na margem, o dado dessazonalizado mostrou crescimento de 8,1%, nos cálculos da Tendências Consultoria Integrada. A produção de caminhões avançou 2,8% na margem, ainda segundo a Tendências.

No exterior, a paralisação do governo dos EUA entrou no quarto dia e, por isso, o relatório oficial de emprego (payroll) deixou de ser divulgado. Uma reunião dos republicanos na Câmara dos Representantes para estudar um amplo acordo, que já poderia incluir o aumento do teto da dívida, não resultou em muito progresso, mas indica uma luz no fim do túnel. À tarde, os democratas da Câmara concluíram uma petição para forçar a votação do Orçamento e reabrir o governo.

Assim, o juro da T-note de 10 anos marcava 2,653% às 16h30 (horário de Brasília), de 2,614% no fim da tarde de quinta-feira. O dólar voltava a ganhar terreno diante das principais moedas e subiu 0,45% em relação ao real, cotado na máxima de R$ 2,2110 no mercado à vista de balcão.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame