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Taurus sobe 93% na Bolsa à espera de decreto sobre posse de armas

Expectativa é que o decreto que flexibiliza a posse de armas no País seja publicado amanhã

Armas da companhia brasileira Taurus (Arnd Wiegmann/Reuters)

Karla Mamona

Publicado em 10 de janeiro de 2019 às 17h05.

Última atualização em 14 de janeiro de 2019 às 12h51.

São Paulo - As ações da fabricante de armas Forjas Taurus seguem em forte valorização na Bolsa este ano. Em menos de 10 dias, os papéis preferenciais acumulam alta de 93% e os ordinários, de 76%.

O otimismo dos investidores em relação à companhia se deve à expectativa da publicação do decreto que flexibiliza a posse de armas no País. Hoje, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou, após uma reunião no Palácio do Planalto, que Jair Bolsonaro deve assinar o decreto amanhã.

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Segundo informações da Agência Reuters, decreto prevê o aumento do prazo para renovação da autorização de posse de cinco para 10 anos, regras mais claras para comprovação de necessidade da posse da arma e a ampliação de casos considerados para essa necessidade, como morar em área rural ou em cidades com mais de 10 mil homicídios por 100 mil habitantes.

O decreto que facilita a posse de armas de fogo no País foi uma das bandeiras defendidas por Bolsonaro em sua campanha eleitoral. Após tomar posse, o presidente afirmou que "cidadão de bem merece dispor de meios para se defender."

Acordo nos EUA

Outra notícia que pode ter impactado nas ações da Taurus foi que a fabricante de armas negocia um acordo nos Estados Unidos.

O acordo  preliminar visa encerrar uma ação judicial contra a Taurus e sua controlada nos Estados Unidos, referente a "supostos defeitos apresentados em determinados modelos de revólveres", mediante o pagamento de algo entre US$ 7,1 milhões e US$ 7,9 milhões. A proposta ainda precisa receber o aval da justiça americana.

Em relatório divulgado a clientes a corretora CoinValores afirmou que ainda não há detalhes sobre as condições de pagamento, mas, o montante deve trazer impacto significativo para a companhia, que acumula prejuízo de 44,6 milhões nove primeiros meses de 2018.

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