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S&P declara atraso da Venezuela no pagamento de dois títulos

A agência de classificação confirma a situação de moratória parcial do país petroleiro

Venezuela: país não cumpriu o reembolso até o fim do período de carência de 30 dias (Ueslei Marcelino/Reuters)

Venezuela: país não cumpriu o reembolso até o fim do período de carência de 30 dias (Ueslei Marcelino/Reuters)

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AFP

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 14h18.

A Venezuela não pagou dois vencimentos de títulos e, por isso, está em dívida destas duas obrigações, disse nesta quarta-feira a agência de classificação S&P Global Ratings, que confirma a situação de moratória parcial do país petroleiro.

"A Venezuela não realizou o pagamento de 237 milhões de dólares sobre suas obrigações com vencimento em 2025 e 2026", não cumprindo o reembolso até o fim do período de carência de 30 dias, destacou a agência em um comunicado.

"De acordo com nosso critério (...) baixamos a classificação desses bônus a 'D'", acrescentou.

S&P Global Ratings e Fitch já tinham declarado, na última semana, a Venezuela e a PDVSA em default parcial, pelo atraso de vários pagamento de capital e juros da dívida soberana e da empresa.

Os títulos da petroleira representam cerca de 30% da dívida externa venezuelana, estimada em 150 bilhões de dólares, que o presidente Nicolás Maduro busca refinanciar.

A petroleira estatal PDVSA, base da economia Venezuelana, foi declarada em moratória em 16 de novembro por donos de bônus em Nova York.

Um comitê da Associação Internacional de Swaps e Derivados (ISDA) decidiu que a PDVSA está em "default de pagamentos" de seus títulos de dívida, por três atrasos.

A avaliação da ISDA abre o caminho para ativar os seguros por descumprimento de crédito (Credit Default Swaps), contratados pelos credores.

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