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Sinqia (SQIA3) dispara 9% após balanço e analistas veem upside de até 101%

Empresa de software surpreendeu no crescimento orgânico e na melhora da margem Ebitda

Crescimento orgânico da Sinqia subiu 22% na comparação anual e ficou entre os destaques positivos levantados por analistas (Sinqia/Divulgação)

Crescimento orgânico da Sinqia subiu 22% na comparação anual e ficou entre os destaques positivos levantados por analistas (Sinqia/Divulgação)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 10 de maio de 2022 às 18h37.

Última atualização em 10 de maio de 2022 às 18h45.

As ações da Sinqia (SQIA3) dispararam 9,17% na bolsa nesta terça-feira, 10, com investidores reagindo ao balanço recorde da companhia. No primeiro trimestre de 2022, a empresa de software multiplicou o lucro líquido por 12 vezes e dobrou a receita líquida. Com a alta após o resultado, os papéis fecharam o dia cotados a R$ 17,85.

Ainda existe, contudo, espaço para que as ações continuem subindo. Os analistas do Itaú BBA têm preço-alvo para a ação de R$ 33, o que representa um potencial de valorização (upside) de 101%. Já o Credit Suisse vê o papel a R$ 27 – um upside de 51%.

Os principais destaques são dois: a força do crescimento orgânico e a melhora da margem Ebitda (indicador de geração de caixa operacional). 

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O crescimento orgânico, que considera o avanço interno da Sinqia para além das aquisições, subiu 22% na comparação anual de faturamento recorrente. “É provável que isso impulsione as margens daqui para frente, o que embasa nosso posicionamento sobre a empresa e o setor”, afirmaram, em relatório, os analistas do BBA.

Já as operações de fusões e aquisições (M&A) – seis delas realizadas nos últimos 12 meses – permitiram que a empresa atingisse um recorde de 26,1% na margem Ebtida. A previsão da Sinqia é que este seja um novo patamar de margem para a empresa.

“A expansão da margem foi resultado principalmente da incorporação de aquisições recentes que apresentam um perfil de margem superior, mas a empresa estima que as margens teriam aumentado um pouco também em bases orgânicas”, destacaram, em relatório, os analistas do Credit Suisse.

O resultado nas duas frentes também foi destacado pelo BTG Pactual. “Há um ano atrás, a Sinqia era a empresa do nosso universo de cobertura tech com menor margem Ebitda. Agora, a margem reportada no primeiro trimestre coloca a empresa como a de maior nível de margem da nossa cobertura [no setor]”, escreveram os analistas, que têm recomendação de compra para as ações da empresa.

Wagner Chavez, sócio e analista de ações da SFA Investimentos, reforça ainda que existem poucas empresas de tecnologia que conseguem atingir métricas deste nível simultaneamente em margem Ebitda e crescimento orgânico. A Sinqia é uma das principais posições da gestora.

“É uma empresa que tem um futuro brilhante pela frente. Atualmente a Sinqia possui 10% de market share e ainda tem potencial para dobrar a participação”, afirmou o gestor. 

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