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Setor de proteína sofre com perspectiva negativa nos EUA; BRF afunda 7%

Balanço da americana Tyson Foods decepciona investidores e reforça alerta negativo generalizado no setor

Fábrica da BRF (BRFS3): ações da empresa são maior queda do Ibovespa (Germano Lüders/Exame)

Fábrica da BRF (BRFS3): ações da empresa são maior queda do Ibovespa (Germano Lüders/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 6 de fevereiro de 2023 às 16h18.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2023 às 18h22.

O setor de proteína sofreu um novo baque nesta segunda-feira, 6, com a perspectiva de declínio do mercado nos Estados Unidos. O estopim foi o balanço do frigorífico americano Tyson Foods, que mostrou um resultado abaixo do esperado.

Divulgado nesta segunda, o lucro da companhia caiu mais de 70% na comparação anual, passando de US$ 1,1 bilhão para US$ 316 milhões no trimestre encerrado em 31 de dezembro de 2022. A companhia revisou para baixo as margens de carne bovina, suína e de aves no mercado americano, em 3%, 2% e 4%, respectivamente.

O indicativo é uma luz amarela para as gigantes brasileiras com operação nos Estados Unidos, especialmente JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3), na avaliação do Itaú BBA.

“A projeção da Tyson foi um dos principais impulsionadores do preço das ações [dessas companhias] durante uma fase de maior incerteza na desaceleração do ciclo das proteínas. O resultado é especialmente negativo para JBS e Marfrig”, afirmaram os analistas em relatório.

As ações das duas companhias foram penalizadas na bolsa, mas a maior queda do dia ficou com a BRF (BRFS3), controlada da Marfrig e empresa com forte exposição ao mercado de aves. 

Já a Minerva (BEEF3), que tem maior foco no mercado local de proteínas, foi a ação menos afetada hoje.

A Minerva já havia sido destacada como a melhor oportunidade do setor pelo JPMorgan e, nesta segunda, o Santander endossou a recomendação em novo relatório. “Continuamos a preferir os exportadores brasileiros de carne bovina aos players de proteína dos EUA e aves brasileiras/suínos, e como tal, reiteramos o Minerva como principal escolha no setor de proteínas no Brasil”, afirmaram os analistas.

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