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Sem royalties do petróleo, Rio pode ter rating prejudicado

Segundo a Fitch, a pressão no desempenho orçamental pode impactar negativamente o rating de crédito do estado


	Sem os royalties do petroleo, receita do Rio seria reduzida em 1,6 bilhões de reais em 2013
 (Divulgação)

Sem os royalties do petroleo, receita do Rio seria reduzida em 1,6 bilhões de reais em 2013 (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - A decisão do Congresso brasileiro de derrubar o veto da presidente Dilma Roussef sobre a divisão dos royalties do petróleo pode afetar os ratings do estado do Rio de Janeiro.

Segundo a agência de classificação de risco Fitch, se o estado não for capaz de compensar a redução em seu orçamento com a falta dos royalties, seu desempenho orçamental – que vinha melhorando lentamente - será pressionado e a capacidade financeira de reembolso da dívida sofrerá impactos negativos.

Segundo a Fitch, a margem operacional pode cair a níveis inferiores a 5%, levando a uma revisão negativa dos ratings. A agência afirmou que vai reavaliar o novo perfil financeiro do estado quando tiver mais clareza sobre os impactos e sobre as medidas reparatórias a serem adotadas. 

Atualmente, a Fitch classifica o Rio de Janeiro como BBB-, com perspectiva estável. 


Um cálculo preliminar indica que esta decisão do Congresso se traduziria em perdas de pelo menos 1.6 bilhões de reais em 2013, correspondendo a cerca de 4% da receita total do estado em 2012. Além disso, essa redução encurtaria o período de suficiência do seu sistema de pensões, o Rioprevidencia em dois anos.

Segundo a Fitch, essas perdas afetariam principalmente os gastos discricionários do estado, uma vez que quase 97% dos gastos previstos já são financiados por receitas dos royalties.

O governador do estado já afirmou que pretende ir ao STF para recorrer da decisão do Senado. Como forma de protesto, na semana passada o governador Sérgio Cabral, suspendeu “todos os pagamentos do estado, com exceção do [salário] dos servidores públicos” até que o Supremo Tribunal Federal julgue a constitucionalidade do projeto de lei de distribuição de royalties do petróleo.

Nesta terça-feira, no entanto, Cabral voltou atrás e decidiu liberar os pagamentos referentes à saúde e educação

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