Sem notícias relevantes, Bovespa segue exterior e cai
O Ibovespa encerrou com declínio de 0,59%, aos 59.222,08 pontos
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2012 às 17h51.
São Paulo - A ausência de indicadores relevantes no exterior e os desmentidos na Espanha sobre o pedido de ajuda levaram as bolsas ao redor do mundo a um novo dia de queda. Por aqui não foi diferente e a Bovespa acompanhou o mau humor externo. O forte declínio de ações do setor de construção também contribuiu para o dia negativo. O recuo só não foi maior porque os papéis da Petrobras reverteram a queda no meio da tarde e ajudaram o índice a reduzir as perdas.
Com isso, o Ibovespa encerrou com declínio de 0,59%, aos 59.222,08 pontos. No mês, a Bolsa acumula alta de apenas 0,08% e, no ano, sobe 4,35%. Na mínima, o índice atingiu 59.028 pontos (-0,91%) e, na máxima, 60.091 pontos (+0,87%). O giro financeiro ficou em R$ 6,212 bilhões.
As incertezas com o cenário internacional e a expectativa com os balanços corporativos referentes ao terceiro trimestre devem ditar o ritmo dos negócios nos próximos dias. O gerente de mesa de renda variável da corretora HCommcor, Ariovaldo Santos, observou ainda que a expectativa de resultados ruins para as empresas do setor de construção pode explicar a forte queda das ações das companhias nesta terça-feira. "Já pode estar havendo uma antecipação de números ruins", disse. Gafisa ON, Brookfield ON e Rosi Residencial ON figuraram entre os destaques de queda do índice e amargaram perdas de 8,31%, 5,18% e 4,71%, respectivamente.
As ações da Petrobras foram na contramão do preço do petróleo no mercado internacional e fecharam em alta de 0,77 a ON e 0,84 a PN. O movimento, segundo profissionais, é atribuído ao anuncio de que a petroleira encontrou indícios de petróleo em um poço terrestre (4BRSA1102DBA) de Taquipe, na Bahia. Na Nymex, o contrato de petróleo para novembro caiu 0,64% e fechou a US$ 91,89 o barril.
Já Vale terminou em queda. O papel ON caiu 0,39% e o PNA, -0,26%.
Oi ON e PN figuraram entre as alta do índice, com ganho de 4,21% e 2,77%. Segundo profissionais, o desempenho deve-se a aprovação da entrada da empresa no Nível 1 de Governança Corporativa e ainda à aprovação da venda de imóveis no valor de até R$ 643 milhões. Operadores ressaltam que, com a venda dos imóveis, a empresa deverá reduzir sua dívida líquida.
Os mercados acionários iniciaram o dia com um tom mais positivo, após a notícia da véspera da agência Reuters, de que a Espanha estava preparada para solicitar um pacote de ajuda já neste fim de semana. Logo pela manhã, no entanto, o primeiro-ministro do país, Mariano Rajoy, negou a informação. O premiê afirmou duas vezes que o pedido de resgate internacional não é iminente.
Em Nova York, o índice Dow Jones encerrou com perda de 0,24%. Já o S&P 500 e o Nasdaq conseguiram pequenos ganhos no final de 0,09% e 0,21%, respectivamente.