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Sem fôlego, Bovespa tenta se recuperar de quatro quedas

Os investidores voltam a repercutir resultados corporativos, entre eles de Cyrela, Gol, Marfrig e LLX


	Bovespa: às 9h49, o Ibovespa futuro caía 0,07%, aos 54.380 pontos
 (Germano Lüders/EXAME)

Bovespa: às 9h49, o Ibovespa futuro caía 0,07%, aos 54.380 pontos (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2013 às 11h21.

São Paulo - Depois de quatro quedas consecutivas, a Bovespa deve buscar nesta terça-feira, 14, uma correção técnica.

Porém, tem fôlego curto e não se inspira muito, por ora, nos mercados internacionais, que ensaiam uma recuperação após a divulgação de uma alta na confiança das pequenas empresas nos Estados Unidos e uma surpresa positiva com a produção industrial da zona do euro, apesar de a confiança alemã ter crescido menos que o esperado.

Os investidores também voltam a repercutir resultados corporativos, entre eles de Cyrela, Gol, Marfrig e LLX. Às 9h49, o Ibovespa futuro caía 0,07%, aos 54.380 pontos.

"A Bolsa está devendo uma alta", diz o sócio da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira. "Não podemos perder o suporte em torno dos 54.150 pontos. Se isso ocorrer, comprometerá a recuperação", acrescenta, ponderando que os negócios locais não demonstram muita força para evitar a perda desse suporte.

Segundo ele, o que desanima os investidores hoje é o índice ZEW de expectativas da Alemanha. O indicador avançou para 36,4 neste mês, mas menos que os 39,5 previstos. Já o índice de condições atuais caiu para 8,9 em maio, de 9,2 em abril.

Por outro lado, a produção industrial da zona do euro cresceu 1,0% em março ante fevereiro, superando a previsão de alta de 0,4% e registrando a maior alta mensal desde julho de 2011, segundo a Eurostat. Na comparação com março de 2012, houve queda de 1,7%, menor que o recuo de 2,1% previsto e a menor contração desde agosto de 2012.

Nos EUA, o índice de confiança das pequenas empresas, da Federação Nacional de Empresas Independentes (NFIB, na sigla em inglês), subiu para 92,1 em abril, de 89,5 em março, superando a previsão dos economistas de alta para 91,0. O índice de preços das importações, por sua vez, caiu 0,5% em abril, em linha com a previsão, de -0,5%.


Às 9h49, o índice futuro do S&P 500 tinha leve alta de 0,07%. A Bolsa de Londres subia 0,17%, enquanto Paris tinha leve queda de 0,10%. Frankfurt avançava 0,28%. O contrato futuro do petróleo WTI, negociado em Nova York, caía 0,53%, a US$ 94,67 o barril, no aguardo de dados de estoques da commodity nos EUA - previstos para serem divulgados pelo American Petroleum Institute (API) às 17h30.

Internamente, a Petrobras confirmou ontem a emissão de Global Notes no mercado internacional no montante total de US$ 11 bilhões, conforme noticiado antes pelo Broadcast. Nesta manhã, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realiza a 11ª Rodada de Licitações de áreas exploratórias de petróleo e gás

natural, com a oferta de 20 blocos em terra na bacia do Parnaíba, região Nordeste. Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que participa do evento, estudos sobre o potencial do pré-sal, que estão sendo realizados neste momento, vão "surpreender positivamente".

A Cyrela Brazil Realty teve lucro líquido de R$ 179 milhões nos primeiros três meses deste ano, aumento de 51,8% na comparação com o resultado dos primeiros três meses do ano passado. Já a Gol reportou aumento de 81,8% no prejuízo, na mesma base de comparação.

Marfrig reverteu lucro líquido de R$ 34,5 milhões do primeiro trimestre de 2012 em prejuízo líquido de R$ 81,2 milhões agora - mas 15,7% menor que a média das projeções de instituições consultadas pelo Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.

Por fim, LLX finalizou o primeiro trimestre de 2013 com prejuízo líquido de R$ 11,480 milhões, alta de 25,76% ante igual período de 2012, quando reportou prejuízo de R$ 9,128 milhões.

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