Exame Logo

Sem credibilidade de investidores, Bovespa abre em baixa

O resultado em linha com o esperado, porém fraco, do índice de atividade econômica do Banco Central reforça esse ambiente doméstico

Bovespa: às 10h05, o Ibovespa caía 0,17%, aos 57.215,35 pontos (BM&FBovespa/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 10h51.

São Paulo - Sem conseguir fechar em alta desde a volta do recesso do carnaval, a Bovespa abre o pregão desta quarta-feira ainda enfrentando a falta de credibilidade entre os investidores quanto à economia brasileira, que tem elevado a carência de um tomador final nos negócios.

O resultado em linha com o esperado, porém fraco, do índice de atividade econômica do Banco Central reforça esse ambiente doméstico e torna mais difícil um acompanhamento local do desempenho dos mercados internacionais. Às 10h05, o Ibovespa caía 0,17%, aos 57.215,35 pontos.

Para o economista Jason Vieira, da MoneYou, "Dilma e Bovespa não combinam". "O governo se perde com ações excessivamente pontuais na tentativa de reaquecer a economia, ao mesmo tempo que os investidores reduzem a confiança no mercado devido às constantes intervenções em diversos setores", resume.

O problema é que, por enquanto, a recuperação da atividade econômica tem sido letárgica. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 1,64% em 2012, conforme informou o BC na manhã desta quarta-feira, resultado que ficou dentro do intervalo das expectativas e ligeiramente acima da mediana, de +1,60%.

Em dezembro, porém, o dado ante novembro subiu 0,26%, abaixo da mediana estimada, de +0,30%.


Segundo o economista da MoneYou, as "medidas descoordenadas" do governo têm deixado a Bolsa sem ganhos significativos e carente de novos participantes. Um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista chama a atenção para as recentes saídas de capital externo no mercado acionário à vista.

Ao mesmo tempo, os "gringos" mantêm uma elevada aposta na queda (posição vendida) em índice Bovespa futuro. "Esses números sinalizam que está havendo uma saída, de fato, de dinheiro da Bolsa", conclui o profissional citado acima, que falou sob a condição de não ser identificado. "Resta saber se isso vai continuar", completa.

Para Vieira, a grande questão é que enquanto as bolsas de valores mundiais rompem recordes de pontos, a Bolsa está se aproximando do rompimento de um piso técnico importante. Esse descolamento incomum e importante deixa ainda mais dúbio o comportamento dos negócios locais nesta quarta.

Às 9h45, em Wall Street, o futuro do S&P 500 caía 0,08%, à espera da divulgação, ás 10h30, de dados de janeiro sobre a inflação no atacado e a construção civil nos Estados Unidos.

Mas as atenções estão mesmo voltadas para a divulgação, às 16 horas, da ata da primeira reunião de política monetária de 2013 do Federal Reserve.

No último encontro do ano passado, a maioria do colegiado mostrou disposição em antecipar o fim do programa de compra de ativos para antes do fim deste ano. Assim, o documento de janeiro será lido com lupa em busca de novas informações mais claras sobre o momento exato dessa saída.

Veja também

São Paulo - Sem conseguir fechar em alta desde a volta do recesso do carnaval, a Bovespa abre o pregão desta quarta-feira ainda enfrentando a falta de credibilidade entre os investidores quanto à economia brasileira, que tem elevado a carência de um tomador final nos negócios.

O resultado em linha com o esperado, porém fraco, do índice de atividade econômica do Banco Central reforça esse ambiente doméstico e torna mais difícil um acompanhamento local do desempenho dos mercados internacionais. Às 10h05, o Ibovespa caía 0,17%, aos 57.215,35 pontos.

Para o economista Jason Vieira, da MoneYou, "Dilma e Bovespa não combinam". "O governo se perde com ações excessivamente pontuais na tentativa de reaquecer a economia, ao mesmo tempo que os investidores reduzem a confiança no mercado devido às constantes intervenções em diversos setores", resume.

O problema é que, por enquanto, a recuperação da atividade econômica tem sido letárgica. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 1,64% em 2012, conforme informou o BC na manhã desta quarta-feira, resultado que ficou dentro do intervalo das expectativas e ligeiramente acima da mediana, de +1,60%.

Em dezembro, porém, o dado ante novembro subiu 0,26%, abaixo da mediana estimada, de +0,30%.


Segundo o economista da MoneYou, as "medidas descoordenadas" do governo têm deixado a Bolsa sem ganhos significativos e carente de novos participantes. Um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista chama a atenção para as recentes saídas de capital externo no mercado acionário à vista.

Ao mesmo tempo, os "gringos" mantêm uma elevada aposta na queda (posição vendida) em índice Bovespa futuro. "Esses números sinalizam que está havendo uma saída, de fato, de dinheiro da Bolsa", conclui o profissional citado acima, que falou sob a condição de não ser identificado. "Resta saber se isso vai continuar", completa.

Para Vieira, a grande questão é que enquanto as bolsas de valores mundiais rompem recordes de pontos, a Bolsa está se aproximando do rompimento de um piso técnico importante. Esse descolamento incomum e importante deixa ainda mais dúbio o comportamento dos negócios locais nesta quarta.

Às 9h45, em Wall Street, o futuro do S&P 500 caía 0,08%, à espera da divulgação, ás 10h30, de dados de janeiro sobre a inflação no atacado e a construção civil nos Estados Unidos.

Mas as atenções estão mesmo voltadas para a divulgação, às 16 horas, da ata da primeira reunião de política monetária de 2013 do Federal Reserve.

No último encontro do ano passado, a maioria do colegiado mostrou disposição em antecipar o fim do programa de compra de ativos para antes do fim deste ano. Assim, o documento de janeiro será lido com lupa em busca de novas informações mais claras sobre o momento exato dessa saída.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valores

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame