O dólar comercial segue ganhando valor ante o real e, hoje, abriu o dia cotado a R$ 1,866, com alta de 0,65% (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2011 às 10h02.
São Paulo - Sem um grande fato novo que justifique, o euro voltou aos piores momentos deste ano, registrados em janeiro, quando o problema dos mercados era a crise das dívidas soberanas da Europa e as preocupações com a capacidade da Linha de Estabilidade Financeira Europeia. Acompanhando esse ambiente, o dólar comercial segue ganhando valor ante o real e, hoje, abriu o dia cotado a R$ 1,866, com alta de 0,65%. Às 10h33, a moeda norte-americana subia 0,97%, a R$ 1,872. Isso a despeito de haver no mercado um sentimento de que o fluxo tem sido positivo nos últimos pregões. Ontem, o cupom cambial encerrou o dia ao redor de 0,45%, reforçando essa perspectiva.
"O mercado está completamente focado no exterior e mais sensível à alta. Hoje não há grandes novidades, mas o cenário, que é ruim como um todo há muito tempo, alimenta a aversão ao risco e pressiona as cotações do dólar para cima", diz um operador.
Um dos fatos citados para justificar a renovação do sentimento de aversão ao risco foi o resultado do leilão de bônus da Itália, com vencimento em 2016. O país vendeu todos os papéis ofertados, mas alcançou um yield médio de 6,47% - o maior na história do euro para os títulos de cinco anos. Houve leilão também na Alemanha, que captou 4,18 bilhões de euros em títulos para 2016, com um yield de 0,29%.
Por aqui, o dia reserva o anúncio do IBC-Br de outubro. O mercado está curioso para conferir se as palavras do ministro da Fazenda, Guido Mantega, estão corretas. Ele disse, quando houve a divulgação do PIB do terceiro trimestre, que os últimos três meses do ano já seriam melhores, esboçando pequena recuperação.
Também será anunciado o dado do fluxo cambial da semana passada. Os investidores vão poder conferir se realmente estão havendo entradas financeiras maiores, como é comentado nas mesas de operações.