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Seguradoras buscam ganhos em títulos privados

Entre 15% e 20% dos bilhões do setor já são destinados hoje a títulos privados como CDBs e debêntures de empresas

O porcentual de reservas aplicado em títulos públicos saiu de pouco mais de 90% para cerca de 75% nos últimos cinco ano (Divulgação/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2012 às 17h49.

Rio - A trajetória de queda da taxa básica de juros (Selic) mudou a alocação das reservas técnicas - valor calculado com base nos prêmios recebidos para cobrir riscos futuros - das seguradoras. O porcentual de reservas aplicado em títulos públicos saiu de pouco mais de 90% para cerca de 75% nos últimos cinco anos, disse Patrick Larragoiti, presidente da SulAmérica e membro da CNSeg, que participou nesta sexta-feira do IV Enconseg - Encontro de Corretores do Estado do Rio de Janeiro.

Entre 15% e 20% dos bilhões do setor já são destinados hoje a títulos privados como CDBs e debêntures de empresas. "A redução dos juros afeta as reservas, mas é fantástica porque tem um efeito propulsor do crescimento econômico", disse Larragoiti.

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Apesar da necessidade de tomar mais risco para gerar ganhos, Larragoiti disse que não vê chance das aplicações do setor em ações superar os 5% das reservas técnicas. Atualmente esse porcentual fica entre 1% e 2% dos recursos totais.

A SulAmérica Seguros tem R$ 7 bilhões em reservas técnicas e uma alocação de recursos semelhante à média do setor. O executivo afirma que uma das alternativas em estudo pelos gestores da companhia é investir nas chamadas debêntures de infraestrutura. "Estamos olhando atentamente, mas ainda são poucos os lançamentos", disse.

Para Jayme Garfinkel, presidente da Porto Seguro, a queda dos juros vai obrigar as seguradoras a buscar mais ganhos operacionais e uma menor sinistralidade. "É uma tendência mundial. É preferível ganhar no operacional a depender do financeiro", afirmou. As reservas técnicas da Porto Seguro somam hoje R$ 5,8 bilhões. Se incluídos os valores de previdência privada o volume salta a R$ 7,3 bilhões.

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