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SEC aumenta controle sobre bolsas após colapso

Os reguladores estão dando um passo à frente com um plano de registrar toda a atividade do mercado para supervisionar melhor as negociações.

A ofensiva veio na forma de medidas mais rigorosas contra as bolsas (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 22h59.

Nova York - O colapso de maio de 2010 foi ruim para praticamente todos os envolvidos no mercado de ações, mas para a Securities and Exchange Commission ( SEC ) dos Estados Unidos foi um desastre. Os cerca de 1 trilhão de dólares em ações de acionistas exterminados em uma questão de minutos -- mesmo que temporiariamente -- alarmou investidores, que pediram respostas.

De forma embaraçosa, os diretores da bolsa de valores de Nova York e da Nasdaq entraram em uma briga na televisão, culpando um ao outro pela bagunça, e a SEC concluiu que não tinha informação para explicar o que causou os minutos mais temidos da recente história de Wall Street. Os reguladores tiveram que buscar informações das bolsas, atrasando o muito esperado relatório sobre o colapso em cerca de cinco meses.

O lapso indesejado na supervisão expôs a capacidade limitada da SEC para acompanhar o funcionamento interno do mercado justamente quando mais se precisa dela. "A ideia de que o regulador do maior mercado de capitais do mundo não pode retomar as negociações facilmente quando há um problema, ou quando há suspeita de manipulação ou má conduta não é aceitável para mim", disse a presidente do Conselho de Administração da SEC, Mary Schapiro em uma entrevista.

"Nós temos que ter essa capacidade." Em reposta ao crash, Mary ordenou uma devassa da SEC nas bolsas - a linha de frente de combate às falhas estruturais e comerciais abusivas nos mercados de ações - a fim de supervisionar de forma mais ativa um mercado cuja complexidade mascara sérios riscos para os investidores.

A ofensiva veio na forma de medidas mais rigorosas contra as bolsas. Os reguladores estão dando um passo à frente com um plano de registrar toda a atividade do mercado para supervisionar melhor as negociações. Alguns dizem que a SEC está fazendo de tudo para limpar sua imagem depois do colapso e sua incapacidade de detectar o esquema de pirâmide de Bernard Madoff.

Por enquanto, tudo aponta para um aumento do papel do governo. Os reguladores agora estão em busca de uma melhor compreensão dos mercados de alta tecnologia que proliferararam na última década em nome da concorrência e custos mais baixos. A presidente da SEC afirmou que o movimento da autarquia para policiar o mercado mais efetivamente das operações algorítmicas informatizadas como força dominante nas negociações e a necessidade de se recorrer a bolsas, que são organizações autorreguladoras.

Pouco tempo depois do colapso, os reguladores estimularam a NYSE Euronext, a Nasdaq e outros operadores de mercado a criar novas regras de negociação para evitar futuros colapsos.

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Nova York - O colapso de maio de 2010 foi ruim para praticamente todos os envolvidos no mercado de ações, mas para a Securities and Exchange Commission ( SEC ) dos Estados Unidos foi um desastre. Os cerca de 1 trilhão de dólares em ações de acionistas exterminados em uma questão de minutos -- mesmo que temporiariamente -- alarmou investidores, que pediram respostas.

De forma embaraçosa, os diretores da bolsa de valores de Nova York e da Nasdaq entraram em uma briga na televisão, culpando um ao outro pela bagunça, e a SEC concluiu que não tinha informação para explicar o que causou os minutos mais temidos da recente história de Wall Street. Os reguladores tiveram que buscar informações das bolsas, atrasando o muito esperado relatório sobre o colapso em cerca de cinco meses.

O lapso indesejado na supervisão expôs a capacidade limitada da SEC para acompanhar o funcionamento interno do mercado justamente quando mais se precisa dela. "A ideia de que o regulador do maior mercado de capitais do mundo não pode retomar as negociações facilmente quando há um problema, ou quando há suspeita de manipulação ou má conduta não é aceitável para mim", disse a presidente do Conselho de Administração da SEC, Mary Schapiro em uma entrevista.

"Nós temos que ter essa capacidade." Em reposta ao crash, Mary ordenou uma devassa da SEC nas bolsas - a linha de frente de combate às falhas estruturais e comerciais abusivas nos mercados de ações - a fim de supervisionar de forma mais ativa um mercado cuja complexidade mascara sérios riscos para os investidores.

A ofensiva veio na forma de medidas mais rigorosas contra as bolsas. Os reguladores estão dando um passo à frente com um plano de registrar toda a atividade do mercado para supervisionar melhor as negociações. Alguns dizem que a SEC está fazendo de tudo para limpar sua imagem depois do colapso e sua incapacidade de detectar o esquema de pirâmide de Bernard Madoff.

Por enquanto, tudo aponta para um aumento do papel do governo. Os reguladores agora estão em busca de uma melhor compreensão dos mercados de alta tecnologia que proliferararam na última década em nome da concorrência e custos mais baixos. A presidente da SEC afirmou que o movimento da autarquia para policiar o mercado mais efetivamente das operações algorítmicas informatizadas como força dominante nas negociações e a necessidade de se recorrer a bolsas, que são organizações autorreguladoras.

Pouco tempo depois do colapso, os reguladores estimularam a NYSE Euronext, a Nasdaq e outros operadores de mercado a criar novas regras de negociação para evitar futuros colapsos.

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