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S&P pode rebaixar nota dos EUA no fim do mês

Segundo a S&P, em 4 de agosto os EUA precisam fazer pagamentos relacionados a uma série de papéis comercializáveis da dívida do país

O acordo mais recente anunciado por lideranças do Congresso prevê cortes de US$ 1,5 trilhão (Alex Wong/Getty Images)

O acordo mais recente anunciado por lideranças do Congresso prevê cortes de US$ 1,5 trilhão (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2011 às 18h13.

Nova York - A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) acredita que os EUA precisam evitar o crescimento da relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB) para evitar um rebaixamento em seu rating de crédito, disse Nikola Swann, analista da agência, em entrevista.

Ele acrescentou que a relação dívida/PIB dos EUA está chegando perto de 75% e pode chegar a 84% até 2013. "Se acharmos que na última semana de julho" a probabilidade de haver uma moratória dos EUA cresceu, "podemos rebaixar o rating antes" de eles efetivamente deixarem de fazer um pagamento, acrescentou Swann.

Segundo a S&P, em 4 de agosto os EUA precisam fazer pagamentos relacionados a uma série de papéis comercializáveis da dívida do país. A falta de pagamento colocaria "imediatamente" o rating do governo norte-americano em SD, ou "default seletivo", tanto no curto quanto no longo prazo. Atualmente, a nota norte-americana está em AAA, o nível máximo, mas em observação para possível rebaixamento.

"Nossa ação não é simplesmente em função do atual debate sobre o teto do endividamento, é um julgamento sobre onde as negociações políticas estão e até onde elas precisam ir antes de chegarem a um plano plurianual de consolidação fiscal de estabilização a dívida", disse Swann, acrescentando que esse plano deve prever "no mínimo" uma redução de US$ 4 trilhões no déficit.

O acordo mais recente anunciado por lideranças do Congresso prevê cortes de US$ 1,5 trilhão. Isso não está "nem perto dos US$ 4 trilhões e esperamos rebaixar o rating dos EUA se o acordo final efetivamente for de US$ 1,5 trilhão", afirmou Swann. As informações são da Dow Jones.

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