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Rumores sobre pesquisas eleitorais valorizam Petrobras

Papéis da estatal subiram 4% nesta terça e já contabilizam um ganho de mais de 50% nos últimos 45 dias

Plataforma petrolífera da Petrobras: maior apetite dos investidores fez o valor de mercado da estatal aumentar em 43%, chegando a R$ 229 bilhões (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 20h07.

Rio - As especulações em torno de pesquisas eleitorais desfavoráveis ao atual governo vêm dando fôlego às ações da Petrobras na BM&FBovespa . Nesta terça-feira, 6, os papéis da estatal subiram 4% e já contabilizam um ganho de mais de 50% nos últimos 45 dias.

Nem as denúncias de irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que deixaram a estatal em evidência nas últimas semanas, prejudicaram o desempenho das ações no período.

O maior apetite dos investidores fez o valor de mercado da Petrobras aumentar em 43%, chegando a R$ 229 bilhões, segundo levantamento feito pela consultoria Economática.

Hoje, as ações da empresa encabeçaram as recomendações de três corretoras - Fator, BB Investimentos e Solidez. Os papéis atraíram bancos e fundos estrangeiros, como o Morgan Stanley e Merril Lynch, que buscaram recuperar participação na empresa após avaliações negativas no início do ano.

A principal razão apontada para a virada no cenário da empresa foram as recentes pesquisas eleitorais, que se intensificaram desde março. No período, os principais adversários da presidente Dilma Rousseff confirmaram suas candidaturas ao Planalto.

Além disso, as denúncias sobre a refinaria de Pasadena, que teve aval da presidente, contribuíram para resultados negativos na avaliação do governo e nas intenções de voto.

Nesta semana, o mercado aguarda a divulgação de uma nova pesquisa Datafolha, prevista para a sexta-feira - mesmo dia da publicação pela empresa de seu balanço financeiro relativo ao primeiro trimestre.

Hoje, uma pesquisa realizada pelo Ibope no Ceará indicou uma queda de 8% na intenção de votos da presidente. Apesar da queda, a pesquisa indica que, a depender dos eleitores cearenses, a presidente ainda se elegeria no primeiro turno.

"Se houvesse mudança do atual governo, possivelmente teríamos uma política de preços diferente para os combustíveis e também mudanças no quadro administrativo da companhia - provavelmente de político para técnico", explica, em relatório, a corretora Fator.

Apesar das especulações eleitorais, outros fatores também contribuíram para a maior procura pela Petrobras. Um dos principais fatores citados pelos analistas foi a alta na produção de petróleo e gás, divulgadas na segunda-feira pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Segundo a reguladora, a produção de petróleo subiu 1,4% em março, na comparação com o mês anterior. Em relação a 2013, a alta chegou a 14,4%. A produção foi de 2,543 milhões de barris por dia, na soma entre a produção de petróleo e de gás natural.

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Rio - As especulações em torno de pesquisas eleitorais desfavoráveis ao atual governo vêm dando fôlego às ações da Petrobras na BM&FBovespa . Nesta terça-feira, 6, os papéis da estatal subiram 4% e já contabilizam um ganho de mais de 50% nos últimos 45 dias.

Nem as denúncias de irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que deixaram a estatal em evidência nas últimas semanas, prejudicaram o desempenho das ações no período.

O maior apetite dos investidores fez o valor de mercado da Petrobras aumentar em 43%, chegando a R$ 229 bilhões, segundo levantamento feito pela consultoria Economática.

Hoje, as ações da empresa encabeçaram as recomendações de três corretoras - Fator, BB Investimentos e Solidez. Os papéis atraíram bancos e fundos estrangeiros, como o Morgan Stanley e Merril Lynch, que buscaram recuperar participação na empresa após avaliações negativas no início do ano.

A principal razão apontada para a virada no cenário da empresa foram as recentes pesquisas eleitorais, que se intensificaram desde março. No período, os principais adversários da presidente Dilma Rousseff confirmaram suas candidaturas ao Planalto.

Além disso, as denúncias sobre a refinaria de Pasadena, que teve aval da presidente, contribuíram para resultados negativos na avaliação do governo e nas intenções de voto.

Nesta semana, o mercado aguarda a divulgação de uma nova pesquisa Datafolha, prevista para a sexta-feira - mesmo dia da publicação pela empresa de seu balanço financeiro relativo ao primeiro trimestre.

Hoje, uma pesquisa realizada pelo Ibope no Ceará indicou uma queda de 8% na intenção de votos da presidente. Apesar da queda, a pesquisa indica que, a depender dos eleitores cearenses, a presidente ainda se elegeria no primeiro turno.

"Se houvesse mudança do atual governo, possivelmente teríamos uma política de preços diferente para os combustíveis e também mudanças no quadro administrativo da companhia - provavelmente de político para técnico", explica, em relatório, a corretora Fator.

Apesar das especulações eleitorais, outros fatores também contribuíram para a maior procura pela Petrobras. Um dos principais fatores citados pelos analistas foi a alta na produção de petróleo e gás, divulgadas na segunda-feira pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Segundo a reguladora, a produção de petróleo subiu 1,4% em março, na comparação com o mês anterior. Em relação a 2013, a alta chegou a 14,4%. A produção foi de 2,543 milhões de barris por dia, na soma entre a produção de petróleo e de gás natural.

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