São Paulo – Após uma semana voltada para a má fase dos mercados europeus e  encerrada por dados pessimistas do payroll americano nesta sexta-feira (3), os mercados devem se voltar para a inflação brasileira entre as opções de uma agenda, de resto, discreta. O ponto alto vai para a reunião do Copom na terça e anúncio da Selic na quarta-feira (8). A expectativa do mercado é de manutenção da taxa em 10,75%, como decidido na última reunião. 

Outro destaque interno é a divulgação da terceira revisão do PIB nacional, às 9 horas da quinta-feira (9). “Já é consenso a espera por uma aceleração da inflação, enquanto o PIB deve diminuir seu ritmo, como já anunciado nas outras prévias”, expõe o analista Pedro Galdi, da SLW. A inflação marca o calendário de indicadores internos ainda com o IPCA na quarta-feira (8), às 9 horas, o IPC-FIpe e o IGPDI às 5 horas e às 8 horas, respectivamente.  

No front externo, o dia mais forte é a sexta-feira, explica Osmar Camilo, analista da corretora Socopa. O dia terá um pacote de dados sobre a economia americana, aberto pela balança comercial de outubro às 11h30 e o preço de importados do mês de novembro às 11h30, seguido da confiança da universidade de Michigan de dezembro às 12h55. 

No entanto será mais uma vez o mercado de trabalho a ditar o foco dos mercados, com os pedidos de auxílio desemprego americanos divulgados na quinta-feira (9). “Como o payroll decepcionou um pouco o mercado, os investidores se voltaram para os pedidos de auxílio desemprego como sinal do momento negativo da economia. Mas no geral as bolsas devem operar com volatilidade, seguindo o noticiário ou um ou outro indicador”.